terça-feira, 29 de março de 2011

Capítulo 19

AVISO: Esta é uma obra de ficção, portanto, qualquer semelhança
com pessoas ou fatos da realidade é mera coincidência!
 


Capítulo 19 – Madrugada na Torre...

"Os bons agüentam o tranco, dão por paus e por pedras,
mas vão pra diante de qualquer maneira." – Mário de Andrade
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27 de Janeiro de 2009 – Terça

2h45min – Allan e Andrei saíram às pressas do Hospital João Alves Filho.

2h45min43seg – Allan viu dois vigilantes rodeando a viatura. Percebeu com certo alívio que o discreto giroflex que tinha posto na extremidade do teto, ainda estava lá. Se sumisse ele responderia mais perguntas, e ele já tinha problemas demais. Normalmente ele recolhia, mas como tinha chegado nervoso à procura do amigo, acabou esquecendo.

- Bom dia amigos!
- Essa viatura está com o senhor?
- Sim... – Allan mostrou a carteira funcional. – Algum problema?
- Não é que está atrapalhando um pouco o trânsito das ambulâncias... Se o senhor puder tirar...
- Ah! Sim... Não se preocupe. Já estou de saída... E desculpe pelo incômodo.
- E ele? – Um vigilante apontou para Andrei.
- Quem tem eu? – Perguntou para Andrei, que estava trajando o típico camisolão de hospital.
- Você não é paciente?
- Não... É que gosto de andar assim. – Respondeu Andrei meio impaciente e ansioso para chegar o mais rápido possível no edifício Maria Feliciana.
- Amigo... Desculpe o meu parceiro... – Allan entrou no carro e destravou a porta do passageiro para Andrei entrar. - Estamos com pressa para atender uma ocorrência.
- Que ocorrência?
- É confidencial... – Allan deu a partida. – Muito obrigado pela compreensão. E bom trabalho!


2h49min08seg – Andrei acenou com as mãos dando um tchau para os vigilantes e sorriu.

- Adiante Allan.
- Calma Andrei... Já vamos sair.

2h49min13seg – O celular de Allan começou a tocar. O mesmo tirou do bolso, encostou no volante, conferiu quem ligava e entregou ao amigo.


- Atenda.
- Alô... Quem fala?
- Allan?... Sou eu rapaz... Sargento Victor!
- Ô Sargento tudo bem? – Andrei começou a imitar o jeito de Allan falar, sempre fazia isso de forma informal encabulava o amigo... Mas naquela circunstância Allan sinalizou para que ele continuasse com a imitação. – O que o senhor manda?
- É o seguinte... É que eu vou dar uma saidinha... Seu carro já está aqui no pátio. Se precisar pegar os objetos eu separei tudo e pus numa sacola que vou deixar com o soldado Joelson aqui na entrada... Tudo bem pra você?
- Sim... Está ótimo... Estou indo agora.
- Ótimo... Em quanto tempo você chegará?
- Uns dez minutos.
- Tudo bem... Qualquer problema me liga.
- Ok Victor... E muito obrigado! – Andrei desligou o celular.
- Quer ir primeiro ao Maria Feliciana?
- Não... Acelere... E vamos logo pegar meu note-book.
- E por que esta pressa? Não podemos pegar na volta?
- Tem informações demais lá.
- Você... E sua teoria da conspiração.

2h51min07seg – Allan acelerou a viatura e em poucos segundos atingiu 120 km/h. Andrei sorriu.

2h58min – Quando passou em frente ao semáforo adjacente à Faculdade Pio X, Allan olhou para o amigo e perguntou:

- Em que você está pensando, Andrei?
- Nos próximos passos.
- Que próximos passos?
- Se o que eu estou pensando estiver correto... Nossa investigação está apenas começando.
- Andrei não complica a minha vida mais do que já está complicada.



3h00min01seg – Allan ligou a seta da viatura sinalizando que entraria à direita assim que transitou pelo viaduto do dia, e enquanto tomou a direção do DETRAN, Andrei olhou para ele e deu uma gostosa gargalhada.

- Do que você está rindo?
- Do que você disse.
- Que minha vida já está muito complicada?
- Isso.
- E o que isso tem de engraçado?
- Meu amigo... É por isso que só te direi os próximos passos quando você vir o que acho que está lá no Maria Feliciana e ninguém percebeu...
- Nem você?
- Inclusive eu.

3h07min – Em frente a entrada da garagem da CPTRAN, Allan desligou os faróis e foi abordado pelo sentinela que estava à frente.

- Quem é?
- O Sargento Victor disse pra eu vir falar com o soldado Joelson que estava com um material para me entregar.

3h07min32seg – O sentinela, que estava segurando uma metralhadora, se aproximou de Allan e disse:

- Se identifique, por favor.

3h07min35seg – Allan mostrou sua identidade. O sentinela foi pra luz. Olhou a foto, encarou Allan e disse:

- Um momento, por favor.

3h07min39seg – O sentinela entrou na guarita e saiu com uma sacola grande que entregou para Allan, que imediatamente repassou para Andrei.

­- Muito obrigado.
- De nada.
- Bom serviço!

3h08min01min – O sentinela cumprimentou com a cabeça e retomou a vigília.

3h08min12seg – Allan engatou a marcha ré, em seguida a primeira. Passou pelo temido quebra mola (para os aprendizes de direção) e entrou à direita percorrendo novamente a Avenida Tancredo Neves.

- Está tudo aí?
- Sim... Meu note-book e meus documentos...
- Devem ter caído com o acidente.
- Epoche.
- Andrei...
- Oi...

3h12min02seg – Ao passar pela frente do Centro administrativo da Petrobrás, Allan entrou à direita e transitou pela Avenida João Batista.

- Você não vai mesmo me dizer os próximos passos?
- Bem... Como eu ia dizendo... Se o que eu estou pensando estiver correto... Com certeza nossa investigação está apenas começando.
- Por que você diz isso?
Caduceu
- Epoche! Por causa do insight que tive.
- Ah!... A história do caduceu?
- Epoche.
- Que parte.
- Epoche! Ao fato do caduceu ser uma mentira que por séculos foi considerada verdade.
- E?
- E que ele... Assim como Hermes... Está sendo um mensageiro...
- Hum... A tal viagem de “conhecimento”...
- Epoche... Com certeza ele espalhou algumas mensagens como a do “Crude SS”.
- Andrei... Talvez seja melhor deixar esta história pra lá.
- Epoche que não... Não tenha medo amigo. O morto confiou na gente pra resolver este caso.
- Mais um recado ou simples impressão.
- Impressão... O recado está lá em algum lugar.
- Andrei... Andrei...
- Allan... Confie em mim... Se acalme!... Apesar de... Se eu estiver certo, o que está ruim... Vai piorar.
- Ô meu Deus... Isso é um mau sinal.
- Por quê?
- É a segunda vez que ouço isso hoje.

3h17min16seg – Ao virar à esquerda e entrar na Avenida Augusto Franco, a viatura balançou com o impacto que sofreu no fundo.

3h17min17seg – Andrei pôs a cabeça pra fora pra falar, mas ficou mudo ao rever o mesmo Corolla que tinha provocado o acidente no início da noite anterior.

- Allan... É ele!

3h17min19seg – o Corolla bateu mais uma vez. Allan sinalizou que iria parar.

- Ele quem?
- Epoche! O carro que provocou meu acidente.
- Você está viajando Andrei!

3h17min25seg – Allan parou a viatura. O Corolla parou atrás. Allan fez menção de sair do carro, mas Andrei o segurou.

- Não vá Allan.
- Deixe de paranóia Andrei.

3h17min29seg – Allan abriu a porta do motorista.


3h17min31seg – O Corolla deu uma ré brusca queimando pneu.

3h17min34seg – Andrei puxou Allan.


3h17min37seg – O Corolla se jogou na direção da porta da viatura arrancando-a. Em seguida o vidro do passageiro desceu e da escuridão interna do veículo saiu um estouro: O motorista atirou no pneu dianteiro da viatura.

3h17min39seg – Allan sacou a arma.

3h17min40seg – O Corolla deu uma arrancada brusca e fugiu.

3h17min41seg – Allan atirou na direção do Corolla e não viu nenhum efeito.

3h17min43seg – Andrei deu uma crise de riso.

- Isso são horas de sorrir? A gente quase morre!
- Epoche! – começou a imitar Allan mais uma vez – “Andrei... Acidentes acontecem” (Ver capítulo 14 – 23h17min45seg).
- Engraçadinho... Vai me ajudar a trocar o pneu?
- Epoche. Enquanto isso chame reforços e dê os dados do Corolla para fazerem uma busca... – Andrei sorriu novamente – Embora não adiante de nada.
- Então por que eu vou ligar?
- Por que você é cético... E só acredita vendo. – Sorriu. – Além do mais, este ataque só prova que estou no caminho certo.
- Tudo bem. Mas assim que trocarmos o pneu vamos embora, né?
- Epoche que não! Mais do que nunca preciso ir ao Maria Feliciana.

3h19min – Allan comunicou a Central de comunicação policial sobre o acontecido.

3h29min – A Central informou que não havia registro de nenhum Corolla preto circulando por aquela área.

3h32min – O detetive terminou de trocar o pneu.

- Está pronto!
- Tem certeza que ainda quer ir para o Maria Feliciana? – perguntou Allan bastante contrariado.
- Epoche! Meu amigo. Epoche!
 

3h34min – Com o fundo da viatura amassado, e sem porta, Allan deu partida e seguiu pela Avenida Augusto Franco entrando à direita da Rua Laranjeiras descendo até o ponto de entrar à esquerda da Rua Itabaiana.

3h34min20seg – Allan estacionou em frente às Lojas Americanas.


3h34min25seg – Andrei retirou da sacola uma lanterna normal e outra de luz negra, além do seu note-book.

3h35min – Allan e Andrei entraram na rua Geru e se dirigiram para frente do edifício. De relance perceberam a presença de três motos-taxista, incluindo o “Boquinha” e alguns travestis.

3h37min – Allan e Andrei se identificaram para os bombeiros e entram no edifício.



3h45min19seg – Andrei e Allan chegaram ao 27º andar. Ao ler o adesivo colado na escada o detetive sorriu.

- Está rindo de quê? Você está risonho demais...
- Achei engraçada a primeira frase do adesivo: “Pare e Pense...”

3h45min23seg -  Allan leu e deu um leve sorriso.

-  Mas não é outro recado do morto... É?
- Epoche que não!

3h45min23seg – Andrei entregou seu notebook para Allan e ligou sua lanterna de luz negra.

- Meu amigo... Não sou seu empregado não... Você não trouxe seu trambolho... Carregue você! – Disse Allan em tom de brincadeira.

3h45min25seg – Andrei virou-se para Allan e fez sinal para ele ficar em silêncio.

3h45min28seg – O detetive apontou a luz negra para a escada que dava acesso ao 28º andar e começou a enxergar manchas de sangue que começaram a brilhar diante daquele feixe de luz especial.

- Ta vendo? Ele estava cuspindo sangue...
- Isso já sabíamos.
- Mas não nessa intensidade.
- E o que tem essa tal intensidade?
- Epoche! Envenamento...

3h45min31seg – No último degrau da escada Lucas Andrei se ajoelhou e ao passar a lanterna num ponto específico argüiu o amigo:


- Está vendo?
- Estou Andrei... São 3h45min.
- sssssssssssss... Preste atenção Allan! Vê alguma diferença nesta mancha?
- Está mais brilhante.
- Epoche! Está mais forte... Mais concentrada.
- E o que isso significa? Que ele chegou aqui e disse: Agora vou dar uma escarrada com gosto para quando um detetive maluco vier com seu amigo conferir?
- Ah! Ah!
- Desculpa... Pode falar. – Disse Allan meio sem jeito.
- Epoche! Neste ponto ele teve algum problema: Tropeçou, caiu, ou foi atingindo por alguém...
- Por que você diz isso?
- Epoche. Por dois motivos: Aqui a mancha está mais forte... Significa que ele ficou mais próximo do chão.

3h45min52seg – Lucas Andrei passou a luz negra na lateral da escada.

- Epoche! Está vendo?
- É uma outra mancha?
- É... Menor... Mas é.
- É esse o sinal de que você esperava?
- Epoche que não!... É mais específico e direto, de certa forma.
- Então qual a relevância desta mancha na lateral da escada?
- Epoche! Muito simples: Por algum motivo nosso morto caiu e depois teve certa dificuldade para se reerguer... E se apoiou na lateral desta escada. Perceba que depois  ele se levantou, veja: aqui as manchas diminuíram bastante.
- O que houve? Algum milagre?
- Talvez... A partir deste ponto ele passou a ser carregado.
- Ah! Então havia outra pessoa?
- Talvez.
- O assassino?
- Talvez.
- Você quer me enlouquecer Andrei? O cara pulou... Ou foi jogado. Se havia uma pessoa... Foi jogado... É óbvio. Mesmo assim tem o complicador de que não há nenhuma digital de uma segunda pessoa.
- A segunda pessoa pode ter apagado os vestígios... Você sabe que é fácil.
- Então você já diz com certeza que ele foi assassinado?
- Epoche que não!
- Não estou entendendo mais nada Andrei.
- Meu querido Allan... Só quero dizer que ele pode sim ter sido jogado, assassinado se preferir... Mas ainda há a hipótese do suicídio.
- Como assim?
- Simples: A segunda pessoa pode ter sido uma simples auxiliar... Pra que tudo acontecesse exatamente como ele queria.
- Andrei... Me desculpa... Você está viajando demais.
- É né? – Andrei sorriu. – Sigamos em frente.

3h46min19seg – Ao passar pelo último degrau, Andrei ficou em frente ao sofá de três lugares em que tinha cochilado no dia anterior (ver capítulo 07 – 13h32min), em seguida virou a esquerda e dirigiu-se a porta corta-fogo que dava acesso ao 28º andar. Allan o seguiu carregando o notebook.

3h46min24seg – Andrei apontou para o chão e viu uma pequenina mancha.

-Está vendo Allan?
- Sim...
- Sigamos em frente.

3h46min31seg – O detetive abriu a porta.

3h46min35seg – Allan e seu amigo detetive viram outra mancha e enquanto seguiram a trilha conversaram.

- Andrei... Acho que depois deste caso vou me aposentar.
- Vai nada.
- Você está se divertindo, né?
-  Não vou negar que estou gostando, mas por um único motivo: Não há nada melhor do que seguir a trilha da verdade.
- Concordo.

3h46min46seg – Lucas Andrei passou pelo segundo pilar e viu mais uma mancha.

- Está vendo Allan?

3h46min51seg – Allan balançou a cabeça confirmando.

3h46min55seg – Os dois amigos subiram a escada que dá acesso ao teto.


- Allan, pode encostar o notebook aí em cima da tampa. Tem perigo não. Se precisar nós pegamos.
- E agora?
- Epoche! Vamos procurar o recado.
- Tudo bem... Eu vou em sentido horário e você anti-horário.
- Como dizia Drumond... Sou sempre um “Gauche” – Andrei sorriu.
- Como assim?
- Deixa pra lá. Procure alguma coisa estranha. Use a lanterna normal.
- ok.


3h47min15seg – Allan tropeçou, mas não caiu porque se segurou no cano que havia na lateral da base das antenas.

3h47min17seg – Allan observou atentamente as três bases de apoio do fio do pára-raios. Olhou, olhou, mas não viu nada de anormal. Enquanto isso, Andrei vasculhava a borda que ficava na direção do Mercado Central.


3h47min21seg – No ponto em que o moto-taxista viu “alguém”, o detetive viu no canto, uma das quatro bases de sustentação da principal antena. Porém esta estava diferente das demais.

 - Allan... Venha aqui rápido!

3h47min27seg – Aos tropeços Allan se aproximou.

- Que foi? Encontrou alguma coisa?
- Epoche!
- O quê?
- Como o quê? Você não está vendo?
- Sim... É a base de sustentação dos cabos de aço da antena principal. Tem mais três, inclusive.
- Sim... Eu sei. Mas não viu algo diferente?
- Até agora não?

3h47min31seg – Lucas Andrei passou a lanterna de luz negra ao longo dos do círculo menor e de maior. Os dois brilharam muito.

- Percebeu?
- Sim. Apenas o círculo maior e o menor está manchado...

- Epoche! Formando o Símbolo da paradoxoesimetria
- Ah! Tá... A idéia do paradoxo: algo contrário ao comum, contra-senso, absurdo, disparate...
- Epoche! Contradição ao menos na aparência.
- Nem tudo é o que parece ser.
- Para os filósofos matemáticos, os paradoxos abalam a confiabilidade de uma verdade.
- Como assim?
- Simples: Por exemplo, uma lei fundamental da matemática é que todas as proposições podem ser ou verdadeiras ou falsas. Mas essa lei é também uma proposição e, então, ela também pode ser falsa.
- Eis o paradoxo. Me fez lembrar da questão da falsidade do Caduceu. Este caso está repleto de falsas verdades e manipulações...  
- Epoche!... Tem mais... Veja isso:

3h48min – Lucas Andrei seguiu minúsculos pingos da mesma tinta que havia sido usada para realçar o pequeno e grande círculo.

3h48min – O detetive Lucas Andrei parou exatamente em frente ao ponto dos motos-taxista. Do lado direito via-se o Bar do Meio, do lado esquerdo toda a extensão da rua Itabaiana. E na borda, bem o ao centro algo que deixou Andrei muito excitado... Atônito.

- Epoche! Epoche! Achei!

3h45min21seg – Allan, por estar acocorado procurando algum vestígio, demorou um pouco para se aproximar de Andrei. Assim que chegou, ajoelhou-se e apontou a lanterna na direção do ponto indicado pelo seu amigo.

3h45min50seg – Allan viu a  figura que o detetive Lucas Andrei achou sobre a borda do edifício.

­ - O que é isso Andrei?
- Epoche!... Mais um recado do morto!




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Quer saber qual foi a figura encontrada pelo detetive Lucas Andrei e qual o seu significado? Quer saber qual a identidade do motorista do Corolla preto? Quer saber quais serão os próximos passos na investigação do suposto suicídio? Quer saber se Guilherme se recuperou? Quer saber mais sobre o plano de vingança de Maria Geeda Petrúcia Leal? Quer saber sobre a conclusão da polícia sobre o assassinato de um paciente no HJF, e de que forma isto influenciará o rumo das investigações? Quer saber como andam as investigações do sumiço da arcada dentária? Quer saber que tramóias,  dissimulações e crueldades Maria Geeda Petrúcia Leal aprontou ao longo de 11 anos??... Então confira estas e outras respostas nos próximos capítulos da sua novela on-line “MENINA VENENO”!

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