quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Capítulo 71

AVISO: Esta é uma obra de ficção, portanto, qualquer semelhança
com pessoas ou fatos da realidade é mera coincidência!




Capítulo 71 – Identidade... Parte 01
Lucas Andrei descobre o nome do morto
Últimos capítulos da temporada – 2 de 5

"Destino não é uma questão de sorte, mas uma questão de escolha;
não é uma coisa que se espera, mas que se busca." – William Jennings Bryan
 
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28 de Janeiro de 2009 – Quarta

03h51min25seg - Apesar do cansaço um pensamento fez Allan adiar o cochilo que seu corpo pedia:

- Andrei... Se não me engano você mencionou que encontrou algo no 12º andar, não foi?
- Epoche!
- Achou mais algum pedaço do criptograma?
- Não... Mas encontrei uma pista. Provavelmente nos levará a segunda peça.
- O que achou?
- CXB5.
- Que seria?
- Lembra da partida de xadrez no tabuleiro Aracaju?
- Lembro.
- Epoche! CXB5 é o 12º lance da partida Lasker... Aquela em que o xeque-mate é dado com a Torre. (ver 4h21min34seg capítulo 20)
- Eu lembro... E onde isso vai dar?
- Próxima parada: Travessa José do Faro com Rua Itabaiana.
- No Tribunal de Justiça?
- Epoche! CXB5.


03h58min44seg – Andrei parou o veículo em frente à Ponte do Imperador.


- O que estamos fazendo aqui? Por que parou? – Perguntou Allan.
- Preciso rever meus passos.
- Há essa hora Andrei? Já não basta ter entrado clandestinamente no Maria Feliciana?
- Se você quiser ir, tudo bem. Eu me viro.
- E te deixar sozinho aqui? Você é louco? Acha que eu faria isso com um amigo?
- É sério Allan.
- Tem que ser agora?
- Epoche.
- Por quê?
- Porque acho que cometi um erro.
- Sério? Lucas Andrei cometeu um erro?


04h00min01seg – O detetive deu um leve encarada.

- Mesmo cansado vai me zoar?
- Desculpa... Mas não consegui evitar. Qual foi o erro?
- Epoche: Tenho a impressão de que o morto pode ter escondido os pedaços do criptograma em algumas pistas e no meio das minhas cogitações deixei passar.
- Compreendo...
- Espero estar certo.
- Certo que errou?... Andrei você quer fundir minha cabeça diga logo!
- Epoche que não meu amigo... É que se eu realmente tiver deixado passar essas pistas e elas ainda estiverem aqui, economizaremos um tempo precioso.
- Entendi... Lembro que você disse que provavelmente existissem mais onze pedaços do criptograma, não foi?
- Epoche!

04h01min26seg – Allan desceu do carro e dando uma longa inspirada falou:

- Vamos ao trabalho!
- Epoche.


04h01min55seg – Lucas Andrei rodeou o mármore da estátua de Fausto Cardoso e não viu nada.

- Por que você não usa aquela lanterna de luz negra? – Sugeriu Allan.

04h02min07seg – Andrei fez a mesma busca, porém dessa vez, visualizou um pequeno ponto que brilhou com a passagem da lanterna.

04h02min09seg – Deu uma leve pancada e percebeu que estava oco.


04h02min11seg – Com auxílio da chave do carro, o detetive retirou um pedaço de papel que estava lacrado num plástico.

- Que bom que você errou Andrei. – Allan sorriu. – Só faltam dez.


04h10min30seg – Ao chegar na âncora que tinha a inscrição: “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” com duas letras raspadas, Lucas Andrei passou a luz especial e viu um risco florescente que apontava para o chão. Ao se abaixar, viu uma planta que apresentava um pingo da mesma tinta e que o solo estava fofo.

04h10min32seg – Allan cavou e deparou-se com um pequeno caixote de madeira de formato hexagonal. Dentro deste, viu outro pedaço do criptograma.

04h17min51seg – Andrei localizou sob o banco com tabuleiro de xadrez que ficava em frente à Câmara Municipal” um tubo metálico colado. Abriu e pegou o que procurava.



04h23min19seg – Allan captou, no interior de um bloco falso colado à estátua de Olímpio Campos, outra caixa de formato hexagonal com mais um fragmento do criptograma.

04h25min11seg – Allan topou numa parte oca da janela do “vagão que não era vagão” e enxergou um tubo igual ao que acharam minutos antes, e para sorte deles, também havia mais um item.


- Seis fragmentos.
- Epoche... Não vou me perdoar por ter deixado passar.
- Não seja severo consigo mesmo... O importante é que resgatamos.
- Tivemos sorte.
- Que seja... – Allan sorriu. – Podemos ir?
- Epoche!
- Deixe que eu dirijo.
- Já ia te pedir.
- Eu sei.

04h31min45seg – Allan ligou o carro e entrou na Travessa José do Faro.

04h32min06seg – Andrei olhou pra esquerda, observou a entrada  do Tribunal de Justiça e comentou:

- Pena que é muito cedo... Senão esperaria abrir pra ver o recado que o morto nos deixou aí.
- Você não é de ferro amigo, precisa descansar.
- Epoche.

04h37min02seg – Allan saiu da Rua Itaporanga e entrou à esquerda da Avenida Pedro Calazans.

 
- Andrei... Você tem alguma idéia de como vai decifrar esse código misterioso?
- Epoche... Como disse antes (02h33min51seg capítulo 64)... Pra nossa sorte não é dos mais difíceis.
- Por quê?
- Epoche! Ele usou um padrão de substituição simples... Não é tão difícil. Só tem que saber por onde começar.
- Como assim?
- Qual a vogal mais usada em nosso idioma?
- Letra A?
- Epoche! Há uma grande chance do símbolo que mais se repete ser a letra A. O símbolo da mãozinho indicando paz e amor por exemplo... Se encontrarmos a palavra chave... Veja... Em alguns trechos há uma mancha amarela, com certeza é a nossa palavra guia. Cada letra tem um símbolo específico. Se descobrirmos a palavra certa, conseqüentemente encontraremos as outras letras e respectivos significados.
- Só espero que não demore muito. Nosso prazo está se esgotando.
- Epoche.

04h50min12seg – Andrei observou uma pista adicional no papel que pegou da janela do vagão da Praça Olímpio Campos.
 
- Veja!

04h50min15seg – Allan acendeu a luz interna do veículo.

- TORAMIA? É língua estrangeira?
- Epoche que não! Achamos no espelho do vagão.
- E daí?
- Leia de trás pra frente.
- AIMAROT. AIMAROT?... Continuo não entendendo.
- Também não entendo... Ainda. Mas com certeza é uma pista... Em algum momento o significado nos encontrará.
- Deus te ouça!

05h17min59seg – Allan parou em frente à portaria do “Residencial Carpe Diem”.

- Nada como chegar em casa.

05h18min35seg – Lucas entrou na casa do amigo e mesmo cansado pôs o notebook sobre a mesa e ligou.



05h18min39seg – Um pouco impaciente Allan disse:

- Não acredito... O que é que você ainda vai olhar na net uma hora dessas? Você não dorme não?
- Preciso averiguar uma coisa antes de relaxar.
- O que?
- Se está acontecendo algum evento cultural, congresso ou coisa parecida no Tribunal de Justiça.
- Entendo... Enquanto isso verei se tem alguma coisa pra comer... Você quer?
- Pode ser.

05h19min22seg – O detetive Lucas Andrei acessou o Google e viu algumas reportagens anunciando que naquela semana, no “Memorial do Poder Judiciário” estava acontecendo a exposição “Sergipe na Segunda Guerra Mundial”

- Allan...

05h19min47seg – O perito que estava na cozinha esquentando uma marmita e café, bradou:

- Diga.
- Já sei o que há de especial no TJ.
- O que?
- Está havendo uma exposição sobre a participação de Sergipe na Segunda Guerra.

05h20min03seg – Allan de uma gargalhada alta.

- Não entendi a graça. – O detetive falou um pouco irritado.
- Andrei... Definitivamente você é um gênio!
- Por quê?
- Lembra que assim que você conheceu o morto deduziu de imediato que ele fazia uma relação direta com a segunda Guerra? (11h28min – capítulo 03)
- Epoche! Com Himmler que também foi envenenado e era chefe da Waffen-SS... Epoche...
- As peças estão se encaixando.

05h20min18seg – Ao desligar o notebook o detetive Lucas Andrei viu a penumbra de um homem apontando uma pistola na direção de Allan que por estar preparando algo para comer não tinha percebido.

05h20min19seg – Lucas Andrei deu um pulo na direção da cozinha e gritou:

- Atrás de você Allan!

05h20min21seg – Antes que pudesse ajudar, o detetive foi atingido na nuca com uma forte pancada que provocou um desmaio súbito.
 
05h20min21seg – Allan foi atingido pelas costas com dois tiros.

05h20min22seg – Virou-se, sacou a arma, mas antes que pudesse atirar recebeu mais um tiro na altura do pulmão.

05h20min25seg – Ao escutar vozes se aproximando, os dois agressores fugiram pela janela sem serem vistos.



05h21min39seg – Acompanhado de alguns vizinhos o porteiro arrombou a entrada e deparou-se Allan e Andrei desacordados.

07h45min11seg – No Hospital João Alves...

Lucas Andrei, esfregando uma compressa de gelo na nuca, falou com o amigo Allan que estava deitado na maca da UTI.

07h45min14seg – Allan acordou e atordoado quis saber.

- Onde estou? O que aconteceu?
- Calma amigo... O pior já passou?
- Tentaram nos matar, não foi?
- Não. Tentaram matar você.
- Por quê?
- Certamente... Alguém não quer que eu divida o segredo do morto.
- Alguém não quer testemunhas quando você solucionar o caso.
- Epoche.

07h45min53seg – Allan fez menção de levantar, mas  o amigo não deixou.

- Calma rapaz... Você levou três tiros... Por sorte estava de colete... Apenas um projétil penetrou o pulmão, mas já extraíram... Mas ainda expira cuidados.
- Bom... Onde estamos?
- Hospital João Alves.
- Tomara que não haja outro Black-out. (ver 23h19min06seg capítulo 16)
- Não se preocupe... Dr. Uziel mandou dois policiais fazerem sua segurança.
- Ele está aí?
- Epoche.
- Quero falar com ele.
- Não acha melhor esperar?
- Não amigo... Tudo bem... Quero falar com ele a sós. Tudo bem?
- Epoche.
 
07h46min12seg – Ao ver que Andrei estava próximo à saída Allan, com esforço disse:

- Andrei...

07h46min13seg – O detetive virou-se e encarou o perito.

- Diga.
- Desculpa.
- Como assim? Por quê?
- Agora você está sozinho.
- Sei disso...

07h46min31seg – Lucas Andrei passou pelo Dr. Uziel e intuindo que seria ignorado o segurou pelo braço e disse:

- Vou cumprir o prazo... Vou resolver o mistério.
- Por que eu permitiria?
- Porque agora é pessoal!


 

CONTINUA...


  

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