quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Capítulo 67

AVISO: Esta é uma obra de ficção, portanto, qualquer semelhança
com pessoas ou fatos da realidade é mera coincidência!



   
Capítulo 67 – SS e o Livro dos Sumerianos... Parte 01  

"As ocasiões fazem as revoluções." – Machado de Assis
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15 de Agosto de 1942 - Sábado

Trinta e dois quilômetros da costa na altura do Rio Real, no litoral de Sergipe.



Baependy, navio cargueiro de 114,5 metros de comprimento por 14,1 de largura navegou ao longo do litoral sergipano com seus 305 passageiros a bordo. Havia um clima de festa. Todos, sem exceção, não viam a hora de chegar a Recife. 


Muito próximo dali, emergiu o submarino U-boat 507.

 

19h02min13seg – O primeiro tenente Dieter Sabine, em seu alojamento que ficava ao lado do compartimento de baterias, foi despertado pelo sinal de alerta: Uma sirene intermitente acompanhada de luzes amarelas distribuídas desde a sala de torpedos até a sala de controle. Assustado, Dieter saltou, calçou o coturno, e correu na direção do periscópio.

19h02min39seg – Ten Dieter se aproximou de um homem alto no auge da forma física aos trinta e cinco anos de idade: o destemido Capitão-de-fragata Harro Schacht. Receoso indagou:

Harro Schacht
- O que houve Captain?
- Dieter... O Almirante Doenitz ratificou a ordem: Fazer manobras livres na costa Brasileira.
- Captain... Nossa ordem não é atacar somente os navios que não puderem ter sua identidade de “neutros” reconhecida? Aquele navio é mercante e não está pintando de cinza, não estão no escuro e dá pra ver a bandeira!
- Tenente Dieter... Como membros das Forças Armadas temos uma única obrigação: Obedecer às ordens que nos foram dadas... Não nos compete pesar e calcular as conseqüências políticas. Como eu disse, confirmei a ordem com o Almirante Doenitiz.
- Então... Vamos atacar Capitain?
- Sim... Agora!

19h02min39seg – Ten Dieter conferiu os instrumentos e informou:
 
- Estamos prontos Capitain...
- Primeiro torpedo...
- Pronto Senhor!
- Fogo!

19h02min41seg – Dieter visualizou o Baependy com o periscópio e informou:

- Alvo atingindo Senhor!
- Ótimo... Segundo torpedo!
- Pronto Senhor!
- Fogo!

 

19h02min45seg – O próprio Captain Schacht fez questão de visualizar o resultado do ataque: Os dois torpedos lançados, um após o outro, levou o Baependy ao fundo em questão de minutos.

O ataque inesperado sob a noite escura e o mar revolto impossibilitou qualquer chance de sobrevivência dos tripulantes do Baependy. Em questão de minutos, vítimas absolutamente indefesas pereceram nos costa sergipana sem nenhuma chance de dizer adeus aos entes queridos...

Em questão de minutos, a estupidez da guerra levou ao fundo os tripulantes daquela embarcação, do quais duzentos e sessenta e nove faleceram naquela fatídica noite.


17 de Agosto de 1942 - Segunda
 
06h29min03seg – O Interventor Federal tomou o “Café da manhã” acompanhando de uma influente autoridade: o “Lugal” da Secção Nordeste do “Sindicato”.

06h29min07seg – Após adicionar uma colher de chá com açúcar na xícara de café, o Interventor Federal foi interrompido por um oficial da Marinha do Brasil:


06h29min09seg – Colocando-se ao lado direito daquele que era conhecido como “mão de ferro”, o oficial disse:

- Senhor... O “Aníbal Benévolo” não chegou.

06h29min11seg – Mordeu um pedaço de pão e entre mastigadas comentou:

- Atrasos acontecem.
- Senhor... Talvez não seja um mero atraso. Está havendo muitos bombardeios... A guerra já deve ter chegado.
- Será?
- É o que achamos Senhor.
- Façamos o seguinte: Mande um grupo de aviadores fazerem um vôo de averiguação pelo nosso litoral.
 
06h30min28seg – O “Lugal” levantou-se, puxou a cadeira ao  lado direito do Interventor e cochichando ao pé do ouvido pediu:

- Amigo... Gostaria de fazer um pedido.

06h30min31seg – Ciente da influência de que o “Lugal” tinha na região nordeste e na política nacional, o Interventor interrompeu a refeição virou-se e muito sério falou:

- Peça.
- Gostaria de pedir ao amigo que deixasse um dos meus “irmãos” acompanhassem o vôo de reconhecimento.
- Por quê?
- Porque mandei alguém da minha inteira confiança para uma missão secreta. Que, acredite, envolve a segurança nacional. Ele saiu de Salvador com destino a Recife.
- Esse agente está no “Aníbal”?
- Não... Ele viria no “Baependy”, mas ainda não tive notícias.
- É tão importante assim?
- Questão de segurança nacional. Ele encontrou algo que pode mudar o rumo da nossa sociedade... Das nossas vidas!

06h34min40seg – Guiando-se pelo poder que a Sociedade Secreta o qual o amigo que se definia “Lugal51” representava, e pela seriedade do mesmo que nunca dera avisos que não fossem pertinentes, o Interventor deu um leve sorriso e falou:

- Será uma satisfação ajudar... Em quanto tempo o “irmão” pode se juntar à missão?
- No máximo em uma hora.

06h35min01seg – O interventor ficou de pé, estendeu a mão como gesto de cumprimento para se despedir da sala e sair.

- Ótimo... Mande-o para o aeroclube.
- Obrigado amigo... Será feito.

06h58min33seg – Há poucos metros do Aeroclube de Sergipe o “Lugal Nordeste” deu as últimas instruções para o “Patési” que acompanharia o piloto e o médico que seriam designados para o histórico vôo.

- Irmão Patési... O número Dois nos informou que encontrou em Salvador uma importante pista do  “Livro dos Sumerianos”...
- Existe mesmo?
- Existe... E se o irmão número Dois estiver certo, em pouco tempo teremos a posse.

06h58min56seg – O Patési percebeu que o motor do “teco-teco” tinha sido ligado e se despediu:

 


- Tô indo irmão... Assim que possível entro em contato.

07h45min12seg – Os três homens que estavam no pequeno avião que fez o reconhecimento do litoral Sul Sergipano testemunharam uma imagem horrível: Centenas de cadáveres em terra. A maioria dos corpos estavam misturados às embarcações.

07h54min50seg – Após pousar na areia da Praia do Saco, o piloto e outro rapaz prestaram os primeiros socorros. Entretanto, o “Patési” caminhou discretamente entre os mortos e os poucos sobriventes.

08h31min18seg – O “Patési” encontra um cadáver que usava o mesmo anel que ele, no dedo indicador da mão direita... Era o anel do SS – Sindicado Sergipano ou SS – Sociedade Sumeriana, conforme a raiz histórica.

08h31min19seg – O “Patési” olhou ao redor e constatou o que mais queria: estava sozinho. Fora da vista de qualquer ser humano.

08h31min21min – Revistou o morto que trazia um objeto preso na barriga inchada e protegido por uma grossa camada de borracha, como uma espécie de “pochete”... Que protegia contra a água por ser totalmente impermeável.

Ao cortar a proteção, o “Patési” sentiu um arrepio que penetrou-lhe a alma, pois tinha se dado conta que não havia encontrado uma pista... Ele tinha encontrado o próprio “Livro dos Sumerianos”.
 

 
  

CONTINUA...
  

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O que será que o Patési fará com o “Livro dos Sumerianos”? Qual a relação entre esses eventos históricos e o suposto suicídio no edifício Maria Feliciana? De que forma Maria Geeda Petrúcia Leal está envolvida? Será que Lucas Andrei encontrará o segundo pedaço do criptograma no Tribunal de Justiça Para saber estas e outras respostas não perca os ÚLTIMOS CAPÍTULOS da terceira temporada da sua novela on-line “MENINA VENENO”!

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