terça-feira, 2 de agosto de 2011

Capítulo 63

AVISO: Esta é uma obra de ficção, portanto, qualquer semelhança
com pessoas ou fatos da realidade é mera coincidência!




Capítulo 63 – De Volta a Torre... Parte 02

"O conhecimento é o processo de acumular dados;
a sabedoria reside na sua simplificação." – Martin H. Fischer
 
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28 de Janeiro de 2009 – Quarta 

01h09min58seg – Lucas Andrei se despediu de Hugo e junto com Allan partiu para retomar as investigações aonde tudo começou, o marco zero: o edifício “Maria Feliciana”

 

- Andrei... Você sabe o que está fazendo, não sabe? – Perguntou Allan, muito inquieto.
- Epoche... Meu amigo... Epoche.



01h10min23seg – Allan passou pelo semáforo da Av. Pedro Calazans com Rua Laranjeiras e entrou à direita. Ao cruzar a esquina da Rua Siriri Lucas Andrei perguntou:


- Allan... Quanto você tem no bolso?
- Por quê?
- Quanto você tem? Depois eu explico.



01h10min27seg – Lucas Andrei tirou o cinto de segurança e enquanto Allan dirigia o veículo Astra de cor prata que tinha sido obtido graças ao acordo que fizeram com Dr. Uziel. (
Ver capítulo 40), levantou-se e sentou no banco traseiro.

01h11min54seg – Impaciente Allan parou o carro na esquina da Rua Laranjeiras com Rua Santo Amaro e perguntou:

 

- Andrei... Você vai ou não vai me contar o que está acontecendo? O que você planeja?

01h11min59seg – Lucas Andrei deu um sorriso e em seguida ficou sério.

- A primeira coisa que planejei, foi não ser visto... Então, não olhe pra trás... Fale comigo olhando pelo retrovisor... E me responda: Quanto você tem na carteira?
- Uns trinta por quê?
- Não sabe a quantia exata?
- Não... Quer que eu verifique?
- Epoche!

01h12min06seg – Allan abriu a carteira e anunciou:
 
- Tenho trinta e dois reais e quarenta centavos.
- Não ajuda muito... Mesmo com vinte reais que tenho.
- E pra que você quer mais de cinqüenta reais à uma hora da madrugada?
- Não é pra mim... Você é quem vai precisar.

01h13min30seg – Assustado com o que acabara de ouvir Allan virou-se, mas foi repreendido.

- Não vire Allan! Pra todos os efeitos você está sozinho!
- Você vai me dizer ou não o que planejou?
- Epoche!
- Então?...


01h13min45seg – O detetive Lucas Andrei deitou no piso do veículo e falou:

- Ligue o carro, siga para “General Valadão”... Sem pressa... Que te explico.

01h13min51seg – Meio desconfiado Allan ligou o carro e seguiu viagem.
 
- Sou todo ouvido Andrei.
- Vamos precisar de uma distração para entrar no Maria Feliciana sem sermos vistos...
- Impossível... Vamos entrar por onde? Não acha melhor nos identificarmos aos bombeiros que estão de plantão hoje? Conheço a maioria deles, não teríamos dificuldades.
- Epoche que não! O morto deixou algum recado... Um recado específico para quem fosse capaz de ler... Deu a vida por um segredo muito perigoso... Não podemos envolver mais ninguém... Ninguém... Ouviu?
- Mas e o Dr. Uziel? Você não prometeu que iria resolver o caso... Que iria explicar tudo pra ele?
- Não se preocupe Allan...  Com Dr. Uziel me entendo.
- Andrei... Veja bem no que você vai me meter.
- Não se preocupe amigo... Se você seguir o plano tudo vai dar certo.
- Tudo bem... Que plano é esse?


01h17min38seg – Enquanto dirigia Allan anunciou:

- Acabamos de passar pela Rua São Cristóvão.
- Bom... Diminua um pouco mais... Você está rápido.
- E vamos entrar por onde?
- Não se preocupe... Tem uma gritante falha na segurança do Maria Feliciana... Vamos por ali.
- Mesmo? E ninguém viu?
- Ou não viu ou não querem ver...
- Aonde é?
- Você verá!
- Sim... E o plano?
- Primeiro... Comece a andar próximo ao meio-fio como se estivesse caçando...
- Caçando?...

01h18min45seg – Irritado Allan fez menção de virar-se, mas Lucas Andrei advertiu:

- Não olhe pra trás... Se não você vai estragar tudo!
- Poxa Andrei!... Caçando?... Sacanagem... Se eu for visto numa hora dessas passando devagarzinho encarando os travestis? E a minha reputação?... Como fica?
- Você quer continuar sob a suspeita de ter sumido com a arcada dentária do morto e correr o risco de perder o emprego?
- Sacanagem... Não tenho escolha mesmo...

01h18min59seg – O detetive estendeu a mão até a altura do câmbio e entregou o relógio mais vinte reais.

01h19min07seg – Allan pegou o material e perguntou.

 


- Pra que é o relógio?
- Cinqüenta reais é pouco para o que você vai ter que fazer...
- O que eu vou ter que fazer? E pra que esse relógio? Andrei... É um Citizen wr100, sabe quanto custa?
- Sei... É só um relógio.
- Andrei... É um relógio que custa R$ 1299,00!
- É só um relógio...
- Sim... O que farei?




01h23min36seg – Allan reduziu ainda mais a velocidade e informou:

- Chegamos à Geru... E agora?

01h23min39seg – Lucas Andrei encolheu-se o máximo que pôde no piso do veículo e orientou o amigo perito:

- Dê uma volta na quadra e quando visualizar um travesti negro, alto, um pouco gordo pare e pergunte se é Lady Dayana...
- Ih... Andrei... Como você a conheceu?
- Não seja besta Allan... Foi logo após a nossa visita ao Maria Feliciana quando sairmos do atentado no Hospital João Alves... Assim que você saiu para se encontrar com Dr. Uziel no Cogerp... Depois de receber um dinheirinho ela informou que um moreno magro, feio, que usava óculos “fundo de garrafa” fez algumas perguntas e depois saiu num Corolla... É uma ótima informante. (Ver 4h58min22seg - capítulo 23)
- Entendi... Pra que o relógio mais o dinheiro? Com certeza não é pra algumas simples perguntas.
- Epoche que não!
- Então pra que é?

01h29min34seg – Ao retornar a Rua Geru, Allan falou:

- Já estamos novamente na Geru... Ainda não vi a tal da Lady.
- Diminua... Preste muita atenção!
- Peraí... Acho que localizei... Está encostada na banca de revista da Praça General Valadão.
- Ótimo... Pare, desça do carro e a convença a armar um escândalo em frente ao “Bar do Meio”... Precisamos que ela providencie uma distração para deixar nosso caminho livre e entrarmos no Maria Feliciana sem sermos vistos.
- Isso vai dar certo Andrei?
- O impossível só existe enquanto não tentamos realizá-lo.
- Você e sua filosofia.
- Epoche!... Vamos para ação!

 

01h35min01seg – Depois de uma rápida conversa, mesmo constrangido por estar em plena Praça “General Valadão” àquela hora e sob tais circunstâncias, Allan conseguiu convencer Lady Dayana.

01h35min55seg – Lady Dayana comprou um cigarro, tomou uma cerveja e antes de conseguir sair sem pagar foi interrompida pelo atendente:

- Ei! Você esqueceu de pagar!
- Como é mocinho?
- Desculpa... Mas você esqueceu de pagar... E eu não estou afim de tirar do meu bolso.
- Eu paguei sim... Está me chamando de que?
- De nada... Só quero que pague.
- Está pensando que eu sou “velhaca” como a “ Gaguinha Poderosa” ali!... Apontou para uma travesti loira, um pouco mais gorda, alta e velha que ela.

01h37min23seg – “Gaguinha Poderosa” correu na direção de “Lady Dayana” e deu um forte puxão no cabelo que fez as duas caírem juntas. A confusão foi tanta que todos que estavam próximos fizeram um semicírculo para assistirem de “camarote” o espetáculo de chutes, puxões, murros e arranhões.

01h38min44seg – Por causa da confusão Allan e Andrei ficaram isolados.

- Andrei... Funcionou... A barra tá limpa!
- Epoche!... “No dia de Agol... Esteja às 2h30min no 26º andar do edifício “Maria Felicina”
- Está feito... Como você disse: Vamos pra ação!
  



CONTINUA...



           
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Qual será o plano do detetive Lucas Andrei? Será que vai conseguir entrar no edifício Maria Feliciana sem ser visto? Que surpresas o aguardam nesse retorno à Torre? Será que finalmente vai descobrir a identidade e as circunstâncias da morte do suposto suicida? Será que ele vai cumprir o acordo que fez com Dr. Uziel? Será que a Sociedade Secreta não tentará adverti-los ou atrapalhá-los? E qual a ligação com Maria Geeda Petrúcial Leal, será que tais eventos têm relação com o plano de vingança que ela levou anos para concluir? Para saber estas e outras respostas não perca os próximos capítulos da sua novela on-line “MENINA VENENO”!

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