quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Capítulo 106

AVISO: Esta é uma obra de ficção, portanto, qualquer semelhança
com pessoas ou fatos da realidade é mera coincidência!

 

Capítulo 106 – AIMAROT...  Parte 01
Falta 07 capítulos para o final da novela on-line “Menina Veneno”

"As paixões ensinaram a razão aos homens.” – William Shakespeare
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OLHOS VERMELHOS
Composição: Dinho Ouro Preto/ Alvin L





Os velhos olhos vermelhos voltaram

Dessa vez

Com o mundo nas costas

E a cidade nos pés

Pra que sofrer se nada é pra sempre?

Pra que correr, se nunca me vejo de frente
Parei de pensar e comecei a sentir

Nada como um dia após dia

Uma noite, um mês

Os velhos olhos vermelhos voltaram de vez
Os velhos olhos vermelhos enganam

Sem querer

Parecem claros, frios, distantes

Não têm nada a perder

Por que se preocupar por tão pouco?

Por que chorar, se amanhã tudo muda de novo?
Parei de pensar e comecei a sentir...

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Aracaju-SE, Centro Histórico, teto do Edifício “Maria Feliciana”.



  
00h01min03seg – Basílio sentou-se próximo ao “X” que tinha escrito com o próprio sangue (ver 03h51min18seg do capítulo 20) há alguns minutos e atendeu o telefone. Era Maria Geeda.


 
- E então? Qual a resposta?
- Sim. – Respondeu Basílio.
- Sim?
- Sim.
- Quando?
- Em poucos minutos.
- Ótimo.
- Posso te fazer uma pergunta?
- Claro meu amor lindo...
- Algum dia você me amou?

00h01min49seg – Geeda sorriu ao se recordar de uma inusitada visita que recebera às 01h24min29seg no dia 02 de Abril do ano anterior e de forma debochada falou:

- Sim... Serpentes também amam.

00h01min55seg – Basílio ficou ao lado do fio terra, inspirou fundo e desabafou:



- É... Meus instintos me alertaram quanto a isso... E eu, não dei ouvidos.
- Meu amor lindo... Não estou a fim de ouvir suas lamentações... Você vai fazer o que mandei ou não?
- Não tem outro jeito?
- Eu esperei 10 anos... O que você acha?
- Ou faço... Ou faço... É isso?
- Até que você não é tão ingênuo quanto pensei.
- Como vou saber que você cumpriu a sua parte?
- Meu amor lindo... Infelizmente você não terá como saber.



00h02min37seg – Maria Geeda desligou o telefone.


Uma breve viagem no tempo... 4 dias depois.

 

29 de Janeiro de 2009 – Quinta – Mercado Central Aracaju (ver capítulo 100)



21h49min24seg – Depois de fazer combinações com a representação e significado numérico do nome de Basílio e das suas alcunhas (Cérbero e Hipólito), com a data de nascimento dele e do irmão e não ter tido êxito. Lucas Andrei lembrou-se de que Basílio cometeu o suicídio na noite em que a estrela Alphekka mais brilhava... Mais uma vez pensou na figura enigmática de uma mulher maligna que estaria por traz de toda aquela conspiração, por isso girou os números na seqüência da data daquele evento: 25012009.

21h55min01seg – A pasta finalmente foi aberta, o que provocou um sentimento de euforia no detetive.

- Epoche! Econtrei o pote de ouro!

Um pote de ouro... Não se pode chamar um caderno de diário de “Pote de ouro”, lógico. Mas em se tratando daquele mistério, encontrar aquele objeto que era claramente o “Diário de Basílio” significa ter encontrado um inestimável tesouro. Um tesouro que explicaria finalmente se Basílio realmente tinha cometido suicídio. E se cometeu... O que aconteceu naquela noite... Se ele sabia ou detinha a posse do “Livro dos Sumerianos”... E principalmente respostas de como ele iria se livrar do “Patési”, do “Senhor X”, salvar Allan e garantir a própria vida.

- Epoche! Graças a Deus... A investigação está no fim... Espero encontrar a resposta para todas as minhas perguntas.

22h03min04seg – Lucas Andrei guardou o livro, ligou o carro e saiu à procura de um lugar seguro para ler “O Diário de Basílio”.
 
22h03min09seg – Receoso por causa do atentado na casa de Allan (ver 05h20min19seg do capítulo 71) decidiu ligar para um velho conhecido:

- Hugo... Sou eu... Lucas Andrei... Talvez seja cara de pau te procurar duas vezes numa única semana depois de tanto tempo sem dar notícias (ver 20h15min01 do capítulo 42 e 09h35min22seg do capítulo 74) ... Mas preciso da sua ajuda de novo... Posso ficar por aí durante algumas horas?... Ótimo... Sabia que podia contar contigo.

22h18min50seg – Depois de se esconder num quarto desocupado do restaurante do velho amigo, Lucas Andrei mais uma vez agradeceu:


- Hugo... Poxa... Nem sei o que dizer.
- Não diga nada... Você faria o mesmo.
- Faria sim.
- Pode ficar até quando quiser.
- Sei disso... Mas não vou demorar... Só preciso ficar fora do ar por algumas horas.
- Quer que lhe acorde?
- Não... Não precisa. Obrigado.


22h25min11seg – Assim que Hugo saiu, o detetive trancou a porta, sentou-se sobre uma cama de solteiro, pôs o Diário de Basílio no colo e começou a folheá-lo.
 

Nas primeiras páginas havia alguns símbolos enigmáticos: O cadeado com a seqüência numérica e a respectiva anotação. Uma folha em branco com espaço para colagem dos pedaços do criptograma. A lendária foto de Perseu, Anilina e Sebastião Pirro. Um rascunho de um desenho do perfil do edifício Maria Feliciana, com cálculos de velocidade, ângulo e altura de um corpo de 71 kg que se desprendesse do 12º andar do edifício Maria Feliciana, a 10º54’33.05” latitude Sul, 37º,02’59.93” latitude Oeste com o desenho de uma seta apontando para 148,99º a sudeste... Exatamente a posição em que o corpo fora encontrado... No rodapé das páginas, em letras quase microscópicas havia uma inscrição que só foi possível identificar com auxílio da sua inseperável lupa:

L.L. 18:05

À medida que lia o Diário de Basílio, o famoso detetive chegou a duas conclusões: Aquelas anotações iniciais correspondiam a décadas de estudos e análises aprofundadas reunidas a gerações... Definitivamente Basílio vinha protegendo um segredo secular e o tinha escolhido para substituí-lo... Ele não entendia bem o porquê... Porém... O que mais o assustava era o fato de que todos os atos de Basílio até o suposto suicídio foram meticulosamente calculados... E o pior de tudo: Ele tinha conseguido prever todos os  seus passos.
 
23h08min41seg – Lucas Andrei se deparou com outra réplica dos quadros de Basílio seguidos da ilustração da “Árvore Sefirótica”, a figura de um ancião místico e a palavra AIMAROT que se repetia várias vezes seguidas.
 
23h09min45seg – Percebeu que faltava uma folha... Havia indícios de que fora arrancada.

23h10min07seg – Em seqüência deparou-se com algumas páginas em branco e pouco depois da metade, em português claro, uma espécie de relato escrito de próprio punho... Uma carta de despedida.

 



23h15min34seg – Devido aos últimos acontecimentos, Lucas Andrei que já era desconfiado, quadruplicou a tendência de não confiar na própria sombra... Por isso, com o coração quase saltando pela boca fez uma leve vistoria no local para ver se não havia nenhuma escuta... Apagou a luz, e sob a lanterna se inteirou da trágica história de amor de Basílio.




Enquanto isso...
Uma rápida espiada no passado... 4 dias atrás... A noite do pulo.

 

Aracaju-SE, Centro Histórico, teto do Edifício “Maria Feliciana”.






02h30min06seg – Basílio tirou um bisturi do bolso e tatuou através de uma corte superficial na pele do tórax, sobre o coração, um “SS”... E virando-se para a Perseídeas (ver 21h38min51seg do capítulo 43) que iniciava naquele exato momento, repetiu dozes vezes seguidas, em transe, um mantra misterioso:



- Sanggiga... E-te-me-nan-Ki...  Nibiru Kiengi... E-te-me-nan-Ki


Continua...



Não perca os últimos capítulos da sua novela on-line “MENINA VENENO”!


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