quinta-feira, 29 de março de 2012

Capítulo 114 - Parte II

AVISO: Esta é uma obra de ficção, portanto, qualquer semelhança
com pessoas ou fatos da realidade é mera coincidência!

 


Capítulo 114 – DUELO DE TITÃS... Parte 02
Último capítulo da sua novela on-line “Menina Veneno”

"Confessar um erro é demonstrar, com modéstia,
que se fez o progresso na arte de raciocinar
." – Jonathan Swift
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SONETO “GENTE”
Autor: Anderson Sant’ Anna

                                                                            
Tem gente que envelhece e não vive.
Tem gente que sorri e não gargalha.
Tem gente que pensa e não existe.
Tem gente que organiza e não se atrapalha.

Tem gente que estuda e não aprende.
Tem gente que conversa e não diz nada.
Tem gente que elogio sempre ofende.
Tem gente que faz greve em casa.

Tem gente que vê amor como fraqueza.
Tem gente que usa mapa e fica perdido.
Tem gente que é rico na pobreza.

Tem gente que o “divertir-se” não é ridículo.
Tem gente que é cheio de certeza...
E tem gente que é feliz e sabe disso!




09 DE FEVEREIRO DE 2009


21h55min01seg – Eufórico com a descoberta, Lucas Andrei abriu o pequeno pedaço de papel e leu:

 
 21h55min03seg – O celular tocou... Era Allan muito irritado.

- Cadê você?! Estou há mais de uma hora te esperando!!! (ver capítulo 112)

21h55min07seg – Antes que pudesse se justificar, o detetive recebeu uma forte pancada na cabeça e desmaiou, desabando sobre o chão frio da Praça da Bandeira.


2h45min15Seg – Em intenso frenesi lógico interpretativo, o detetive Lucas Andrei arriscou um palpite e digitou o verso decassílabo que tinha encontrado escondido na base do lastro da Praça da Bandeira. (Ver 21h54min35seg do capítulo 112)

 

2h59min40Seg – Depois de pesquisar em inúmeros sites, encontrou um soneto oculto num criptograma de símbolos fenomenológicos, dedicado à misteriosa “MV – Menina Veneno”. Um código que somente uma pessoa no mundo poderia traduzir: O detetive Lucas Andrei.

 


3h17min06Seg – Andrei catalogou os diferentes símbolos, identificou os mais recorrentes associando-os em seguida às vogais e por um lento processo de tentativas traduziu o soneto sigiloso.

SS - SONETO da SERPENTE

A Menina Veneno

Ocultas peçonha num belo sorriso,
Diz pulsar amor em oca pedra,
Diz ser fiel, romântica, bom partido,
Pra casar... Que é “Santa” e não peca.

Finge amor, sinceridade, sentido.
Vê pessoas como objeto e as disseca.
Simula desejo, finge libido.
Não tem alma, fé, moral, nem ética.

Ocultas “seu eu”, mas não me engana:
Corrói paz, sonho, paixão e alegria.
Dura lição de que “Serpente não ama”,

Sempre dissimula, tortura, asfixia...
Mostra-se... E afunda na própria lama.
A verdade está nos fatos... Na poesia!


AIMAROT

3h18min42Seg – Muito empolgado com a descoberta, o detetive releu o soneto por mais três vezes e pensou em voz alta:

- Epoche... “Ocultas seu eu...” Será a pessoa “invisível”? Epoche... Quem diria... Terei de fazer uma nova visita àquela simpática Senhora.

ALGUMAS HORAS DEPOIS... Na residência de dona stéphanie.

10 DE FEVEREIRO DE 2009


9h05min17Seg – Apesar de saber que a terceira visita em tão pouco tempo (ver 18h40min27seg do capítulo 74 e 8h14min10seg do capítulo 93)faria aquela senhora desconfiar que algo muito sério poderia ter acontecido à Basílio, Lucas Andrei pretendia protelar a desagradável notícia do suposto suicídio ao máximo. Por isso, fingindo naturalidade bateu na porta e foi logo atendido.

- O senhor de novo?
- Epoche... Desculpa. Deve estar sendo inconveniente.
- Não... De forma nenhuma. Mas teve algum problema com meu Basílio?
- Na verdade... No momento não posso falar nada... Só que... Por hora estou interessado em fazer só mais uma pergunta à senhora.
- Aconteceu alguma coisa?
- Dona Stéphanie... A senhora tem a minha palavra que assim que possível responderei todas as perguntas que quiser fazer... Sei que é difícil... Mas só pelo um pouco mais de paciência... Combinado?

9h06min02Seg – Dona Stéphanie estava muito desconfiada, mas confiou em seu guia espiritual que se manifestara ao lado do detetive a balançou a cabeça em sinal de aprovação... Além do mais, Lucas Andrei emanava uma boa energia, típica de quem age guiado pelos espíritos de luz.

- Tudo bem meu filho, pode perguntar o que quiser.
- Epóxi... Talvez a pergunta pareça estranha... Mas farei mesmo assim.
- Pode fazer.
- Epóxi... Dona Stéphanie, alguma vez a senhora ouviu Basílio mencionar uma “Menina Veneno”?

9h08min51Seg – Subitamente a madrinha de Basílio viu passar algumas cenas que marcaram a sua vida nos últimos dez anos: Lembrou-se do vexame no velório do seu filho (ver 22h49min13seg do capítulo 11) e no hospital (ver 22h52min07seg do capítulo 61); da estranha conversa que tivera com Guilherme pouco antes do acidente (ver 20h59min do capítulo 15) e, principalmente da misteriosa visita de Geeda há alguns anos. (ver 19h43min17seg do capítulo 79 e 19h45min20seg do capítulo 93)

- Basílio nunca... Mas o irmão dele, o Guilherme, sim. A ex-namorada... Maria Geeda Petrúcia Leal... Em momentos de raiva a chamou de dissimulada, fingida, cobra... Menina Veneno... Até a acusou de alguma forma, ter matado o meu Hélio, e de ser responsável pelo seu próprio acidente.

9h12min33Seg – Lucas Andrei não disfarçou a alegria que sentiu ao ouvir os novos fatos.

- Epóxi... “Menina Veneno”... A senhora sabe onde ela mora?
- Bem... Faz tempo que não a vejo, mas posso dar o último endereço que tive notícia.
- Serve.
- Tudo bem. O Senhor me dá um minutinho?
- Claro!

9h14min55Seg – Dona Stéphanie retornou segurando uma velha agenda.

- O Senhor tem como anotar?
- Epóxi... Rapidinho.

9h15min28Seg – Andrei tirou do bolso papel e caneta.
 
- Pode falar Dona Stéphanie.
- Não sei se Maria ainda mora nesse endereço...
- Tudo bem.
- Então ta... Avenida Rio de Janeiro, próximo a Escola Normal, no condomínio de casas – Residencial “Vivendas do Amanhecer 5”, na casa de número 10.

9h16min01Seg – O detetive guardou as anotações e já se despedindo levantou-se, dirigiu-se até a porta e agradeceu.

- Obrigado Dona Stéphanie.
- Pode voltar quantas vezes quiser meu filho, só não se esqueça de cumprir sua promessa.
- Epóxi... Assim que possível voltarei pra responder todas as perguntas. E dar boa notícias se Deus quiser.
- Obrigado meu filho.

QUASE NOVE HORAS DEPOIS... Na residência de MARIA GEEDA.

18h35min44Seg – O telefone tocou da casa nº 10 tocou. Por sorte a mãe de Geeda e o primo não estavam em casa.

- Dona Márcia?

- Não Seu Manoel... Geeda. O que quer?
- Que bom Dona Geeda... Era com a senhora mesmo que queria falar.
- Já ta falando... Qual o problema?
- Desculpa ligar assim... Mas um homem chegou aqui perguntando pela senhora, e como a senhora já tinha deixado recado pra informar que não se encontrava achei que gostaria de saber que a procuraram.
- Fez bem. Ele já foi? Disse quem era?
- Não... Só fez algumas perguntas... Deu uma volta no quarteirão e partiu. Mas Dona Geeda... Não é que ele é familiar? Lembrou-me aquele famoso detetive que toda hora aparece na TV.
- Mais alguma coisa Seu Manoel?
- Não, Dona Geeda.
- Sendo assim, obrigado. E se alguém aparecer me procurando, ainda não estou em casa, certo?
- Como a senhora quiser.



18h40min21SegPossessa de ódio, por de alguma forma está prestes a ser desmascarada Geeda amaldiçoou Basílio e refletiu sobre a visita que recebera de “Dois”.

Rápido e necessário flas-back...


09 DE FEVEREIRO DE 2009


3h07min14Seg – “Dois” sorriu e provocou:


- Geeda não se esqueça que Adriano me considera como seu braço direito... E sei tudo sobre você... Sei que só se aproxima das pessoas por interesse. Se estas forem, de alguma forma, úteis ou interessantes para você.
- Nem vou dar resposta.
- Tanto faz... Eu só quero resposta pra uma pergunta: Vai colaborar ou não?
- Meu lindo... Você há de concordar que é uma decisão muito séria e perigosa para eu tomar tão rápido.
- Concordo, mas não temos tempo?

3h08min01Seg – De forma sedutora Geeda indagou:

- Nem dois dias?
- Dois dias? Impossível!
- 24 horas?
- 24 horas? Verei o que posso fazer... Mas se decidir antes do fim do prazo, me ligue imediatamente. Temos muitas missões.
- Combinado.

18h40min29Seg – Rangendo os dentes, Maria Geeda Petrúcia Leal falou em seu costumeiro tom arrogante:

- Aceito sua proposta... Mas tem uma condição.
- Qual?
- Quero o detetivezinho morto.
- Tudo bem... Será feito... Fique atenta. Ainda hoje entrarei em contato.

18h45min07Seg – Sentindo medo pela primeira vez de ter os seus crimes ao longo de mais de dez anos descobertos, Maria Geeda tomou o seu suco preferido, pois sempre a ajudava a pensar.

18h50min36Seg – Assim que desfrutou do último gole do delicioso suco de manga que sua mãe deixara na geladeira, acomodou-se no sofá da sala e teve uma idéia genial... Embora improvisado, conseguiu arquitetar um plano que resolveria de uma vez só, todos os seus problemas.

 


 Continua...


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