quarta-feira, 14 de março de 2012

Capítulo 113

AVISO: Esta é uma obra de ficção, portanto, qualquer semelhança
com pessoas ou fatos da realidade é mera coincidência!

 

Capítulo 113 – AIMAROT...  Última Parte
Morrendo mais uma vez
NÃO PERCA o último capítulo da sua novela on-line “Menina Veneno”

"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete
uma injustiça no mundo, então somos companheiros.” – Che Guevara
 

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Natural
Autor: Anderson Sant’ Anna

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“O seio rijo, natural, era siliconado.
O beijo apaixonado, natural, era tarifado.
O sorriso natural era mecânico, profissional.
O olhar sincero... Fora ensinado, condicionado, aconselhado... Pra ser natural.
A voz doce, fraternal, solícita, emocionada, foi treinada para ser natural.”
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09 DE FEVEREIRO DE 2009


21h55min01seg – Eufórico com a descoberta, Lucas Andrei abriu o pequeno pedaço de papel e leu:
  

21h55min03seg – O celular tocou... Era Allan muito irritado. 
 

- Cadê você?! Estou há mais de uma hora te esperando!!! (ver capítulo 112)


21h55min07seg – Antes que pudesse se justificar, o detetive recebeu uma forte pancada na cabeça e desmaiou, desabando sobre o chão frio da Praça da Bandeira.


Um necessário Flashback... (
Ver Capítulo 106)


29 DE JANEIRO DE 2009 - QUINTA


22h25min11seg Assim que Hugo saiu, o detetive trancou a porta, sentou-se sobre uma cama de solteiro, pôs o Diário de Basílio no colo e começou a folhear.

 
 

23h10min07seg

Em seqüência deparou-se com algumas páginas em branco e pouco depois da metade, em português claro, uma espécie de relato escrito de próprio punho... Uma carta de despedida.

23h15min34seg Devido aos últimos acontecimentos, Lucas Andrei que já era desconfiado, quadruplicou a tendência de não confiar na própria sombra... Por isso, com o coração quase saltando pela boca fez uma leve vistoria no local para ver se não havia nenhuma escuta... Apagou a luz, e sob a lanterna se inteirou da trágica história de amor de Basílio.

A primeira vez que vi “MV”, foi precisamente no dia 12 de Novembro de 1998 (ver 19h43min17seg do cap. 79). Nunca me esqueci dessa data, foi o dia em que eu soube o quanto meu irmão estava doente. Uma doença cruel, que não o permitiria falar, nem se mover.

 Apesar de ter ficado triste com a notícia, somente anos mais tarde é que tive a real noção da desgraça que se abatera em minha família... E aquilo, foi apenas o começo.

Por várias vezes, tive a impressão de que meu irmão lançava um olhar desesperado, como se quisesse me dizer algo... Várias foram as vezes que em sua dor silenciosa verteu algumas lágrimas... Hoje eu sei o que ele queria dizer... Queria me avisar, me preparar contra “MV”, mas foi em vão.

Anos mais tarde, quando nem mais lembrava, eu e “MV”, nos encontramos novamente, logo após um campeonato de xadrez (ver 20h59min23seg do cap. 96), e eu, que até então nunca tinha tido uma namorada, fui alvo fácil. Bastou que “MV” olhasse profundamente em meus olhos com um sorriso arrebatador, me parabenizar pelo jogo, dizer que era minha fã... Que nutri uma espécie de “amor à primeira vista.” Inevitável.

Hoje sei que “mv” foi calculista desde o primeiro instante em que conversamos, cada palavra, cada gesto tinha uma segunda intenção. Hoje sei que um encontro romântico naquelas circunstâncias, se tivesse acontecido com qualquer outra pessoa seria uma coisa boa... Mas em se tratando de “MV”, não era... Era uma verdadeira desgraça. Assim foi comigo.

Saímos da FESEX, acompanhei “MV” até o ponto de Ônibus. No caminho ela se auto-proclamou ser “uma mulher fiel, romântica, pra casar...” (21h17min01seg do capítulo 101) Queria me seduzir a todo custo. E conseguiu.  Pouco tempo depois, por uma razão que na época ignorei, “MV” voltou ainda mais sedutora, fazendo–me até a colocar minhas mãos entre os seios com a desculpa de sentir os batimentos cardíacos... Aquilo me deixou extremamente excitado... Pedi-la em namoro já era questão de tempo. Bastou pegar um táxi, acompanhá-la à residência, ouvir suas opiniões e convicções político-religiosas que não resisti e perguntei se ela tinha namorado... E na época fiquei muito feliz em ter uma resposta negativa, por isso naquela mesma noite, nos despedimos com um beijo apaixonado. (ver 23h08min15seg do capítulo 103)... Em poucas horas, não resisti e a pedi em namoro. (ver 19h01min11seg do capítulo 105). Hoje sei que fui fantoche, que agi exatamente como “MV” tinha planejado.

 “MV” nunca gostou de falar sobre si. Talvez por medo ou porque simplesmente gostasse de manter um clima de mistério. Em quatro meses de namoro descobri pouca coisa ao seu respeito: Tinha predileção pelas letras de Leoni, Capital Inicial, Netinho, Jorge Vercilo, Ana Carolina, Paralamas do Sucesso e em especial as do Padre Fábio de Melo que a “descrevia” em seu perfil do Orkut. Mostrar um lado “religioso” era praxe em seu marketing pessoal... “MV” também deixou escapar que tinha saído de um noivado de quatro anos que havia terminado por não ser compreendida... E nunca mais falou sobre tal assunto.

O relacionamento com “MV” foi conturbado desde o início, descobri que era típico da sua natureza simular ciúmes, crises existenciais, romantismo, desejo, amor, fidelidade. “MV” era uma psicopata simuladora de emoções... E só percebi isso tarde demais: logo após reatarmos o namoro após uma briga de ciúme fajuto de “MV” que tinha o real pretexto de pular a cerca com um amigo. Para comemorar o retorno, ”MV” sugeriu uma espécie de viagem de lua de mel. Assim fizemos... Passamos cinco dias em Natal. No último dia, tive uma desagradável surpresa.

Por volta das duas horas da manhã, enquanto dormia, “MV” aproveitou e tirou do meu bornal o desenho de um antigo mapa que herdei do meu avô (ver 18h26min11seg do capítulo 105) e algumas anotações, entre elas, o “código do cadeado” (ver 11h56min05seg do capítulo 82). Imagine o susto que tive ao acordar, vê a hora no rádio relógio, a luz vinda do banheiro... De início pensei que “MV” estivesse passando mal ou tendo mais uma crise alérgica que era costumeira... Bati a porta e não obtive resposta... Mais uma vez, outra e outra... Nenhuma resposta.

“Após” longos minutos de torturante silêncio “MV” começou a vomitar, motivo suficiente para eu arrombar a porta. Por ter sido um ato instintivo “MV” não previu e nem teve tempo de esconder as coisas que tinha furtado do meu bornal, nem esconder uma estranha caixa... Ao constatar que não estava passando mal, que era tudo fingimento sabe-se lá por que, exigi que “MV” mostrasse o conteúdo e me desse uma explicação. “MV” recusou-se a explicar e tentou me impedir a todo custo de vistoriar a caixa, mas não conseguiu. Antes tivesse resistido à curiosidade e não olhado. No interior daquela caixa havia uma foto do meu irmão, poemas de amor de vários fãs de “MV”, fotos, fitas de vídeo, presentes... Uma espécie de arquivo de ex-namorados... Coisa que só descobri mais tarde... Uma espécie de santuário ao amuleto que massageava o ego de “MV” diante da longa carreira de dissimulação, artimanhas e fingimentos que lhe deu uma considerável coleção de vítimas ao longo dos anos.

Lembro-me de pouca coisa daquela fatídica noite. Recordo que junto à foto do meu irmão havia uma espécie de arquivo sobre todos os membros da minha família: Meu avô, avó, pai, mãe e etc. Irritado e um pouco fora de mim indaguei: “O que significa isso?”... Não obtive resposta, mas repeti a pergunta. E sabe o que consegui? Fingindo estar ofendida “MV” deu um tapa em meu rosto e gritou: “Você não tinha direito!!!”... Pode?! Ainda insisti dizendo que precisávamos conversar, pois eu queria saber o que ela estava fazendo com a foto do meu irmão e um dossiê sobre mim e todos os integrantes da minha família. Para piorar, havia mais: No fundo da caixa existia uma arma, o que me fez perguntar: “O que você está fazendo com essa arma?”... Cometi mais um erro.

No instante em que peguei a arma que “MV” tinha escondido em sua misteriosa caixa, ela começou a tremer... De início pensei que estava daquele jeito por falta de argumentos... Mas “MV” nunca ficava sem argumentos... Ela fingia 24 horas por dia. Na verdade ela estava sinalizando para seus comparsas entrarem em ação... Coisa que ficou evidente quando ela falou: “Chefinho... Preciso de ajuda.”

Em segundos me vi num filme hollywoodiano, a sala foi invadida por três homens armados com metralhadoras que foram logo gritando: “Abaixe a arma... Pro chão!... Chão!... Chão!”... Eu ainda não tinha noção no que estava metido, por isso perguntei: “O que está acontecendo aqui?”... “MV” aproximou-se lentamente e dando um sorriso peçonhento disse de forma meiga: “Meu amor lindo... Faça o eles mandam... Largue a arma.”... Em seguida um dos homens me advertiu: “Você ouviu rapazinho... Abaixe a arma.” Assim o fiz.

Naquele fatídico dia, tardiamente entendi a maldição que perseguia minha família há anos... Do que meu avô tentou me proteger e avisar... O bendito “Segredo de Perseu”... “O Livro dos Sumerianos”. Até o raiar do dia fui submetido a ininterruptas sessões de tortura. Sob  as ordens de “MV” os homens exigiam que eu dissesse tudo sobre o Livro dos Sumerianos e ensinasse o código familiar – SAMSARA (ver 14h48min26seg do capítulo 89).

Apesar de tudo, tive forças para raciocinar e dar falsas informações e falsas pistas. Foi minha sorte. Pra piorar, “MV” exigiu que eu fizesse mais uma coisa para salvar a vida do meu irmão e minha madrinha:

“EU DEVERIA COMETER SUICÍDIO”

 


FIM DO FLASHBACK

09 DE FEVEREIRO DE 2009


21h55min07seg – Lucas Andrei recebeu uma forte pancada na cabeça e desmaiou, desabando sobre o chão frio da Praça da Bandeira

22h09min15seg – Sentindo uma forte dor, o famoso detetive despertou ouvindo uma voz estranhamente familiar:

- Moço... Moço... Moço...

22h09min23seg – Ainda sob efeito do covarde ataque que sofrera há poucos minutos, Andrei abriu lentamente os olhos e viu a figura de um morador de rua sacudindo os ombros.

22h30min49seg – Tentou se levantar, mas o corpo não obedeceu.
 

22h33min01seg – O morador de rua, segurou o detetive e com certa dificuldade o ergueu, perguntando em seguida:

- Consegue ficar em pé?

22h39min18seg – Lucas Andrei encarou o morador de rua com o objetivo de entender porque lhe era tão familiar, mas acabou desistindo.

- Epoche...
- Como?
- Consigo sim.

22h40min33seg – O detetive apalpou a calça expressando um gradativo nervosismo.

- Cadê o bilhete?
- Não vi bilhete nenhum.
- Certeza?
- Moço... Olhe pra mim, sou mendigo. O que eu iria querer com um bilhete?
- Epoche... Desculpa.
- Era algo importante?
- Epoche! Algo de extrema importância!... Quem me atacou deve ter levado.
- Pode ser... A única coisa que vi foi o seu celular... E já estava assim.

22h45min02seg – O mendigo apontou numa direção que foi acompanhada pelo olhar atento do investigador.

22h49min07seg – Andrei tinha esquecido que estava ao telefone quando sofreu o ataque... Abismado olhou pra base da bandeira onde tinha encontrado a última pista e contrariou-se ao enxergar o celular completamente destruído.

- Epoche... Eles quebraram o aparelho.
- Bem... Vejo que o moço está bem... Vou seguir meu destino... Quer que te acompanhe? Que chame a polícia?
- Não... Não precisa. Obrigado.
- Espero que encontre a verdade que tanto procura.
- O quê? Como assim? Por que o Senhor disse isso?
- “A verdade” que o moço não parava de falar enquanto estava desmaiado: “A verdade está nos fatos... Na poesia.”... O moço repetiu essa frase várias e várias vezes.
- Epoche! Isso... Era a frase do bilhete!
- Se bem que... Não é bem uma frase.
- Como assim?
- O moço não percebeu? É uma frase foneticamente decassílaba.
- Epoche! Como não pensei nisso antes? Não é uma frase... É um verso.
- Isso... Pela métrica deve ser de algum soneto.
- Epoche! Você está certo!... Peraí... Como o Senhor sabe disso?
- Moço... Aos seus olhos sou um “pobre morador de rua”, mas se visse algumas coisas da vida com meu olhar... Veria que sou rico... De uma riqueza que não acaba nunca... A inteligência.
- Epoche.
- Se hoje estou assim... Nessa condição... É por razões que um dia talvez o moço entenda... Agora, com sua licença... Vejo que não precisa mais de mim... Preciso arranjar um cantinho pra dormir.

23h14min51seg – Refletindo sobre a conversa com o mendigo, Lucas Andrei dirigiu-se ao Orelhão mais próximo e ligou para Allan:
  

- Sacanagem Andrei! Não basta me deixar mais de uma hora te esperando, ainda desliga o telefone na minha cara? Sacanagem! Logo comigo que pus o meu na reta... Que tantas vezes aliviei sua barra pro Dr. Uziel?! Sacanagem Andrei... Sacanagem! Não esperava isso de você.
- Calma Allan.
- Calma? Calma? Você ainda tem a cara de pau de me pedir calma?... Quer saber? Não estou em condições de falar... Quando me acalmar... Ligo pra você!

23h52min01seg – Allan bateu o telefone e desligou.

 

23h55min03seg – Abismado, o detetive encarou os teclados do Orelhão durante longos minutos, numa espécie de transe que o fez ter um reveladora dedução lógica... Sem saber, o amigo perito propiciou um insight que lhe deu a resposta de um enigma que há muito tirava seu sono: o significado de AIMAROT. (ver 4h50min12seg do capítulo 71; 15h58min58seg do cap. 74 e 23h08min41seg do cap. 106)

- Epoche... Como não pensei nisso antes? AIMAROT é uma associação numérica de letras e números de acordo com teclas de aparelho telefônico.

00h06min38seg – Lucas Andrei correu para o posto de gasolina, pediu ao frentista papel e caneta e escreveu “AIMAROT” com a devida relação numérica e mergulhou em novas deduções:

A
I
M
A
R
O
T
2
4
6
2
7
6
8


- Epoche! “A vós vos é dado conhecer os mistérios, mas aos outros por parábolas, para que vendo, não vejam, e ouvindo, não entendam” Livro de Lucas, cap 8 versículo 10. (ver 17h03min44seg do capítulo 74)... Basílio era um gênio... Gênio! Não foi por acaso que a captura da Rainha da partida Lasker (ver 4h22min00seg do cap. 20) se deu aqui na Praça da Bandeira... E ele distribuiu pistas fazendo referências diretas à numerologia da “Arvore Sefirótica”. Epoche! Como não pensei nisso antes?

 


00h19min54seg – Excitado com a descoberta, o detetive deu um giro de 180º em direção à Rua Laranjeiras, estava tão excitado que se esqueceu de devolver a caneta do frentista, que gritou:

- Minha Caneta!... Senhor... Minha Caneta!

00h45min12seg – Enquanto corria Lucas Andrei concluiu:
 
- Basílio quis passar uma mensagem que somente eu fosse capaz de decodificar. Epoche... Por isso fez referência o livro de Lucas do Novo Testamento e à árvore sefirótica... Cada número tem uma mensagem mítica... Acho que chegou a hora de encontrar o bendito Livro dos Sumerianos.

01h04min09seg – O famoso detetive dirigiu-se à única Lan-House que estava aberta naquele horário. Todos os funcionários já o conheciam, não era a primeira vez que ele fazia visitas pela madrugada.


 01h23min45seg – Efetuou o pagamento antecipado, acessou o Google e digitou “Codificação árvore sefirótica”. Somente nesse instante percebeu que ainda estava com a caneta que tinha pego com o frentista. Sorriu da situação e começou a anotar a mensagem “AIMAROT” associada à codificação mítica da árvore sefirótica. (Ver 9h02min43seg do capítulo 97)


INTERPRETAÇÃO DOS NÚMEROS DO MAPA KABALÍSTICO SEFIRÓTICO

A

2
Estude os seus caminhos, dirigindo seus ideais pela ciência, pelo estudo e aprendizado, que encontrará a verdade e portas abertas. Estude sempre os caminhos por onde vai entrar e guarde silêncio, para não sofrer a contradição e inveja dos outros.

I

4
A realização dos seus projetos depende de pessoas poderosas, portanto, procure se cercar de gente de mais poder e conhecimentos que você e procure obter o seu apoio. Essa pessoa poderosa pode ser um “invisível” e estar em esferas superiores. Sua vontade firme o encaminhará ao sucesso e ao poder através de estudo e aprendizado.

M

6
Faça sempre boas escolhas, não seja indeciso em seus empreendimentos. Use sua consciência para escolher onde ira trilhar. Tome atenção com paixões, vícios e prestígios que o levarão a queda. Use sempre o amor, a beleza de espírito e a sinceridade que alcançara o sucesso.
A
2


R

7
A soberania de espírito e a capacidade de esclarecer os mistérios da vida lhe pertencem e, através disso você conseguirá vencer todos os seus obstáculos e assim alcançar a realização de todos os seus projetos. Não tente ter o domínio do mundo, pois a vida é feita de direitos e deveres.
O
6


T

8
O número que pede equilíbrio em todas as situações e empreendimentos. Todo o ritmo em sua vida oscilará entre o bem e o mal, e através do equilíbrio você obterá a vitória e o sucesso. Cuidado, a justiça traz o equilíbrio, porém a justiça é divina e jamais pertencerá aos homens, portanto não faça justiça com as suas próprias mãos.

01h50min03Seg – Após ler várias vezes seguidas a decodificação numérica, Lucas Andrei sublinhou algumas palavras que lhe soaram como ordem ou aviso direto e leu:

- Epoche! É isso! “Estude seus caminhos e encontrarás a verdade e guarde silêncio para não sofrer. A realização dos seus projetos depende de pessoas poderosas, um “invisível” que está em esfera superiores. Atenção! Vícios e vaidade o levarão à queda. Porém, a soberania de espírito e a capacidade de esclarecer os mistérios lhe pertencem e é através disso que você vencerá todos os obstáculos, num ritmo que oscilará entre o bem e o mal, mas necessário ao equilíbrio de todas as situações. ”... Epoche... Quanta responsabilidade.


Num outro ponto da cidade...


2h00min03seg – Adriano Kelsen ligou pra Geeda: (Ver capítulo 107)
 
- Estou na esquina do seu condomínio... Se arrume e venha pra cá... Vamos visitar Guilherme.
- Estou indo.

02h31min36seg – Maria Geeda puxou um pequeno banco de madeira de formato hexagonal, uma das poucas heranças deixadas pelo velho Perseu, sentou-se ao lado do seu ex namorado e acariciando a testa começou a falar:

 - Lembra de mim?... Lembra do que falei na última vez em que nos falamos? Gui... Meu amor lindo... Eu queria que você vivesse até hoje... Pra ouvir o que tenho a lhe dizer... – Beijou a testa - Definitivamente, você não deveria ter dito aquela frase!


02h44min25seg – Num silêncio perturbador, Geeda encarou Guilherme, alisou a cabeça mais uma vez e deu um longo beijo na boca.

 02h45min01seg –   Geeda parou de beijar, pegou uma seringa da bolsa e enquanto injetava um líquido...

02h46min34seg –  Como se nada tivesse acontecido, Geeda guardou a seringa e passou um lenço nas bordas da cama pra limpar as impressões digitais, levantou-se e dando um sorriso sutilmente sapeca falou:

 - Podemos ir.

 02h45min01seg – Adriano Kelsen, surpreso com a crueldade de Maria Geeda Petrúcia Leal, indagou:

 - Por que fez isso?
- Por que o amava!

 Ao mesmo tempo... Na Lan-House.

 

2h45min07Seg – Andrei dobrou o pedaço de papel com suas anotações e guardou no bolso. E conservando sua linha de raciocínio pensou:

- Epoche... Para eu encontrar a tal verdade, o tal segredo... Tenho que achar a tal pessoa “invisível”... Mas quem será essa tal pessoa “invisível”?... Basílio não diria claramente... Afinal, deve ser uma pessoa influente e poderosa... Epoche... O verso... O tal Soneto misterioso...  “A verdade está nos fatos, na poesia”.

2h45min15Seg – Em intenso frenesi lógico interpretativo, o detetive Lucas Andrei arriscou um palpite e digitou o verso decassílabo que tinha encontrado escondido na base do lastro da Praça da Bandeira. (Ver 21h54min35seg do capítulo 112)

2h59min40Seg – Depois de pesquisar em inúmeros sites, encontrou um soneto oculto num criptograma de símbolos fenomenológicos, dedicado à misteriosa “MV – Menina Veneno”. Um código que somente uma pessoa no mundo poderia traduzir: O detetive Lucas Andrei.

- Epoche... Eis a pessoa “invisível”.

Enquanto isso, um pouco distante...

3h00min01Seg – Maria Geeda recebe a visita de “Dois”. Sabendo que não era um bom sinal comentou:
  




- Basílio morreu... Guilherme morreu... E as únicas pessoas que sabem o que realmente aconteceu sou eu e Adriano... Acho que sei demais, não é?
- Correto.
- Então... Você veio me matar?



Continua...

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