segunda-feira, 12 de março de 2012

Capítulo 112

AVISO: Esta é uma obra de ficção, portanto, qualquer semelhança
com pessoas ou fatos da realidade é mera coincidência!

 


Capítulo 112 – AIMAROT...  Parte 03
Falta 01 capítulo para o final da novela on-line “Menina Veneno”

"Erros são fundamentos da verdade.” – Carl Gustav Jung 
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Dentro de Você
Composição: Gabriel O Pensador




"Às vezes numa derrota se encontra a chave da próxima vitória.
Essa mensagem é importante você ouvir" então ouça agora
Muitos não escutam ou não entendem o que é simples demais
E quando encontram algo complexo e complicado vão correndo atrás
Se enrolam mais e mais
Tentando compreender
O que se passa com eles comigo e com você, você, você e você!





10 DE FEVEREIRO DE 2009


22h29min09seg – Geeda permitiu-se verter uma lágrima e disse:
 
- Sei sim.
- Posso saber?
- Sim... Pra mim só tem um significado.
- Qual?
- É tarde demais pra se pedir perdão.

Um rápido Flashback: No dia anterior... (Ver Capítulo 108)

09 DE FEVEREIRO DE 2009

20h47min36seg – A ligação foi encerrada. Thiago, o braço direito do “Senhor X” virou-se para Lucas Andrei e disse num sorriso irônico:

- Que cara é essa detetive? Quer fazer alguma pergunta?
- O inquérito foi arquivado mesmo?
- Sim. – E se eu fosse você – Esqueceria tudo.
- Epoche.
- Detetive... Foi muito bom negociar contigo.


20h49min01seg - Assim que percebeu que estava só Lucas Andrei tremeu ao ouvir que o telefone da casa de Allan tocou.

- Andrei... É Allan... Saia daí agora... Agora! Ouviu? Agora!
- Por quê?
- Encontre-me no farol em meia hora... Lá te explicarei tudo.

20h50min01seg - Abismado com os últimos acontecimentos, Lucas Andrei tirou do bolso a última folha do diário de Basílio (ver 22h25min11seg do capítulo 106) e releu uma frase em manuscrito:

 


20h50min09seg – O detetive saiu da casa do seu melhor amigo refletindo:

“Se eu souber a verdade... Você vai querer saber?”... Que verdade é essa? Epoche que Basílio tinha consciência da imensa cobiça que há em torno do “Livro dos Sumerianos”... Epoche que não guardaria tamanho segredo apenas em sua agenda... Esta verdade deve estar em algum lugar... Mas onde?

20h50min44seg – Dirigiu-se à recepção do residencial “Carpe Diem” e não ouviu quando o porteiro indagou se estava tudo bem, nem o cumprimento do taxista que o tinha levado alguns minutos atrás. (ver 20h45min03seg do capítulo 108)

- O Senhor está bem? Vai precisar do Táxi?
- Como?
- O Senhor está bem? Eu te trouxe há pouco... Não lembra?

20h51min23seg – Andrei despertou e disse:

- Epoche! O Senhor me trouxe... Desculpe... Eu pedi para me esperar?
- Não Senhor... Mas como o Senhor derrubou essa lanterna esquisita, pensei que voltaria pra buscar... Por isso decidi esperar.

20h51min34seg – Andrei teve uma idéia e sentando-se no banco do passageiro pediu:

- O Senhor pode apagar a luz interna, por favor?

20h51min40seg – Pegou o pedaço de papel com a frase enigmática, pôs o mais fundo possível do interior do porta-luvas, acendeu a lanterna de luz negra, passou no bilhete e visualizou uma pequena inscrição oculta.

RXH7

20h52min02eg – O famoso detetive repassou mentalmente todas as pistas e deduções que tivera desde o momento que começou a trabalhar no caso e tendo um insight balbuciou empolgado:

- Epoche!... A partida Lasker... RXH7... Como não pensei nisso antes?
- O que moço?
- RXH7: Rei captura rainha... Último lance antes do xeque mate.
- Não estou entendendo nada moço... O Senhor está bem?
- Epoche que sim... Desculpa... É uma longa história.
- Senhor... Vai precisar do Taxi ou não?
- Sim.
- Vamos pra onde?
- Ainda não sei... Peraí... O Senhor tem o mapa de Aracaju?

20h52min13seg – O taxista entregou um mapa que estava preso no painel, um pouco à frente do volante.

20h52min15seg – Lançando um olhar ansioso Andrei indagou:

- Tem uma caneta? De preferência um lápis...

20h52min27seg – Ao receber um lápis, o detetive rabiscou o mapa da região central de acordo com projeto do “tabuleiro Aracaju” do Engenheiro Sebastião Basílio Pirro com as respectivas divisas: a leste, o rio Sergipe, a oeste, até a Avenida Pedro Calazans. Ao norte, a Praça General Valadão e ao sul, a Avenida Barão de Maruim. (ver 3h54min do capítulo 20). Andrei sorriu e informou:

 

- É aqui que o Senhor vai me levar.
- Praça da Bandeira?
- Epoche... Precisamente no trecho entre a Rua Boquim e Rua Estância.

20h52min36seg – Lucas Andrei encarou a estrela Agol que muito lhe fora útil há alguns dias (ver 22h00min01seg do capítulo 62), encostou-se e procurou descansar, pois sabia que levaria pelo menos meia hora para chegar ao ponto em que “o Rei captura a Rainha”.

21h28min55seg – O taxista parou na esquina da Avenida Pedro Calazans com Rua Boquim e acordando o detetive anunciou:

- Chegamos!

21h29min01seg – Lucas Andrei pagou a corrida e em seguida deu um giro de 360 graus com o intuito de ver alguma coisa que parecesse se tratar de algum tipo de sinal de Basílio.

21h29min17seg – Observando com mais calma as adjacências daquele ponto da Praça da Bandeira, percebeu uma imagem bastante familiar: Uma das primeiras pistas de Basílio, uma águia se preparando para dar um salto no vazio... Para voar, como supostamente Basílio também fez. (ver 16h19min01seg do capítulo 28)

 


21h32min45seg – Numa espécie de transe de memórias e deduções, recordou da frase do amigo Allan ao se deparar com a imagem da águia, dos sete hexágonos pichados no jardim da Praça Fausto Cardoso, e do “SS” sobrescrito no espelho do tradicional vagão:

“Estamos procurando uma mulher... Uma mulher bela e venenosa! Meu Deus!... Vídeo Et Taceo!...” (ver 16h43min51seg do capítulo 28)

21h35min12seg – O detetive Lucas Andrei iniciou uma paciente busca por pistas de Basílio.

 

21h36min07seg – Diante do prédio em quem hoje funciona a Escola Estadual “Dr. Manoel Luiz”, Andrei percebeu que logo abaixo da águia havia um caule cortado de uma antiqüíssima árvore que possuía a inscrição de um hexágono e no interior deste a palavra “Kether”... Uma óbvia alusão à primeira sefirah da mítica árvore sefirótica (ver 08h58min04seg do capítulo 97)

 
 


“Epoche... Kether, a Coroa... Rei captura Rainha... Basílio era um gênio... Estou no lugar certo!... Segundo o mito, a primeira séfira simboliza a realidade única, o mistério absoluto... A essência pura da qual emanam as séfiras restantes... Epoche... Está claro que há mais pistas espalhadas por aqui... Mas onde?”

21h38min19seg – Em contínuo raciocino, Andrei deduziu:

“RXH7... Epoche... Rei captura Rainha... Kether, a Coroa...”

21h38min25seg – Ao analisar o sentido em que a palavra fora disposta no caule, se deu conta que logo à frente ficava o “Memorial da Bandeira” e acima deste havia uma estrutura que parecia uma espécie de chapéu ou "coroa", e logo à frente, outra árvore.

 


“Epoche... Deve haver uma pista ali... Tem que ter!”

21h40min03seg – Depois de vistoriar o tronco da árvore em frente ao memorial, Andrei encontrou mais uma palavra: “Hokhmah”.

“Epoche... Hokhmah... A emanação primeira... A sabedoria divina através do qual a divindade se conhece a si mesma e permite a todos se reconhecerem como imagem e semelhança do divino.”

21h42min11seg – Na árvore em frente, achou mais uma palavra importante: “Binah”, que simbolizava a inteligência... A grande mãe ou Matriz Universal geradora de todos os mundos e seres que os discrimina e reconstrói para devolver a consciência UNO.

21h42min11seg – Noutra viu escrito: Hesed... A graça, o amor e a misericórdia que se irradia sobre a criação.

“Epoche... Basílio e seus testes... Buscando confiar o seu segredo a quem for merecedor... Ele sabia o quanto seria perigoso ter o “Livro dos Sumerianos” em mãos erradas... Epoche... Como ele sabia... Tanto que morreu por isso.”

21h48min11seg – Em mais uma árvore, Lucas Andrei encontrou a inscrição da quinta séfira, a “Gueburah” que se referia ao Juízo divino que é inacessível a tudo que não for puro de coração.

21h49min57seg – Achou a última árvore. Nesta estava escrito: “Tifereth”, a sexta séfira que fazendo alusão ao ser feminino que entrelaçava todas as séfiras.

“Epoche... Mais uma vez Basílio refere-se a uma figura feminina responsável por toda a sua desgraça... Quem será esta mulher diabólica?”

21h53min03seg – Com certa dificuldade, o detetive localizou no lastro que ostentava a Bandeira do Brasil, pichado, a sétima séfira: “Netsah.”

“Epoche... Netsah... Sétima séfira... A vitória e a energia que produz todos os mundos materiais... Epoche...

21h53min14seg – Lucas Andrei lembrou dos significados relacionados ao número sete e pensou em voz alta: (ver 18h26min09seg do capítulo 100)


E mais uma vez o número sete... E eu, num momento crucial do meu destino”

 


21h54min35seg – Ao se dar conta que na base do lastro da bandeira havia doze parafusos hexagonais, e sabendo que o número 12 era uma constante bússola de resolução de questões cruciais daquele mistério (ver 3h19min33seg do capítulo 66), resolveu conferir cada porca individualmente... E somente na última encontrou o que almejava: Uma pista reveladora: Nas laterais da porca estava escrita a oitava séfira – “HOD”... A glória!

 


Logo abaixo, num reboco falso, havia um micro furo, e dentro deste um pequeno papel envolto num saco plástico.

21h55min01seg – Eufórico com a descoberta, Lucas Andrei abriu e leu:


 


21h55min03seg – O celular tocou... Era Allan muito irritado.

- Cadê você?! Estou há mais de uma hora te esperando!!!

21h55min07seg – Antes que pudesse se justificar, o detetive Lucas Andrei recebeu uma forte pancada na cabeça e desmaiou, desabando sobre o chão frio da Praça da Bandeira.


Continua... 


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