quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Capítulo 98

AVISO: Esta é uma obra de ficção, portanto, qualquer semelhança
com pessoas ou fatos da realidade é mera coincidência!

 
Capítulo 98 – Maldita Lei de Murphy...  Parte 01
Última quinzena da novela on-line “Menina Veneno”

"Enfrentaremos a força física com inteligência e nossa força moral!” – Martin Luther King 
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 29 de Janeiro de 2009 – Quinta – Residência Dona Stéphanie...

 
  
09h11min03seg – Tentando confortar a simpática médium, Andrei falou:

- Sinceramente... Dona Stéphanie... Não posso dizer nem que sim, nem que não.
- Como assim, meu filho?
- Olha... Não quero causar nenhum sofrimento sem ter certeza... Realmente não tenho como dizer se Basílio morreu ou não... O que posso dizer é que ele deixou alguns sinais pra mim... Que me trouxeram até aqui.
- Enigmas?
- A senhora sabe dos enigmas?
- É a Samsara, não é?... É mania dele... Aliás, dele, do pai e do avô... Guilherme é que nunca teve muita paixão por isso... Theodoro, pai dos meninos... Dizia que era tradição da família. (ver 13h25min19seg do capítulo 84)... Uma espécie de passatempo em que passavam uma mensagem através de símbolos... Uma forma de passar um segredo adiante somente àqueles que fizessem parte da família.
- Epoche! Dona Stéphanie... O propósito do mito da “Roda de Samsara” é exatamente este. (ver5h38min01seg do capítulo 60).
- Meu Basílio era muito especial... Se ele te escolheu pra dar alguma mensagem... Deve ter tido uma boa razão... E com certeza percebeu que você é uma pessoa decente... Pude sentir em sua energia e sua áurea.
- É muita responsabilidade.
- "O homem é o árbitro constante de sua própria sorte. Pode aliviar o seu suplício ou prolongá-lo indefinidamente. Sua felicidade ou sua desgraça dependem da sua vontade de fazer o bem."
- Epoche!... Allan Kardec?
- Correto, meu filho... Seja qual for a mensagem secreta que Basílio lhe confiou... Creio que os espíritos de luz comungam da idéia de que você é a pessoa certa.
- Obrigado, Dona Stéphanie.
- Meu filho...

09h26min47seg – O celular tocou. Andrei atendeu:

- Alô?!

09h26min58seg – Depois de um breve silêncio, uma voz grave se pronunciou:
 
- Ocupado detetive?

09h26min58seg – Apesar de ter ouvido aquela voz sob forte estresse e tortura (ver3h02min15seg do capítulo 77), o famoso detetive jamais a esqueceria... Assim, de forma instintiva, balbuciou:

- Senhor X?

09h27min01seg – Ao se dar conta do nervosismo do visitante, Dona Stéphanie perguntou:

- Algum problema, meu filho?




09h27min05seg – Esforçando para não assustar a mãe de Hélio, Lucas Andrei balançou a cabeça para dizer que estava tudo bem e improvisou um sorriso. E para não correr o risco de Dona Stéphanie ouvir a conversa se afastou.

- Com licença... – Andou até a garagem e encostou-se num pilar – Senhor X?

09h27min32seg – Do outro lado da linha ouviu-se um sorriso cínico:

- Que boa memória Detetive... Como está o joelho? (ver 3h02min22seg do capítulo 77)... Vamos ver se você é capaz de reconhecer mais um tom de voz.

09h27min44seg – Senhor X, maior inimigo de Adriano Kelsen, gritou:

- Fale!

09h27min47seg – Silêncio...

09h27min49seg – Novo grito...

- Fale!

09h27min51seg – Como o silêncio continuou, foi possível ouvir o som de um soco... Era o estilo do Senhor X... Agoniado, o detetive aconselhou:

- Seja quem for... Fale pelo amor de Deus!
- Andrei?

09h27min55seg – Andrei sentiu um arrepio mortificante... Aquela voz era inconfundível... Era uma voz que se acostumou a ouvir ao longo de 20 anos... Pertencia ao seu melhor amigo...  Era a voz de Allan.
 
- Allan?! É você?
- Eles me pegaram Andrei.
- Como? Você não estava no hospital? (ver 7h46min12seg do capítulo 73 e 4h40min42seg do capítulo 90)... O que aconteceu?
- Sócrates disse que eu estava fora de perigo e que Dr. Uziel me mandou permanecer de resguardo... Horas depois um enfermeiro mal encarado entrou sozinho... Os policiais tinham sumido... Deu-me uma injeção... E acordei amarrado numa cadeira... Uma espécie de cadeira elétrica... Tem um bocado de fio ligado ao meu corpo... Estou com uns caras encapuzados... Aaaaiiii...


09h28min55seg – Allan sentiu um choque muito doloroso.

- Para com isso Senhor X!

09h29min01seg – Silêncio...

09h29min10seg – Num tom calmo e perverso o “Senhor X” advertiu:

 
- Detetive... Gosto de você... Admiro sua inteligência e perspicácia... Mas só vou falar uma vez, pro seu bem e do seu amigo, quem dá ordens... Sou eu... Entendeu?
- Epoche! O que quer?
- O livro.
- Que livro?
- Detetive... Eu sei que você ainda não o tem... Mas sei que sabe do que se trata... E mais cedo ou mais tarde vai encontrá-lo. Então se não quiser que eu dê cargas crescentes de choque em seu amiguinho... É melhor não tentar me enrolar... Lembre-se... Já nos encontramos uma vez... E se eu quiser... Te arranco da casa dessa mosca morta que fala com espíritos num piscar de olhos, estamos nos entendendo?
- Epoche! O que quer que eu faça?

09h30min07seg – Senhor X sorriu triunfante.

 
- Bom... Gosto assim. Proponho uma troca: O livro pelo seu amigo vivo.
- Epoche. Fechado!
- Suponho que entendeu que não estamos brincando... E não é preciso alertar que é perda de tempo tentar rastrear essa ligação... Qualquer lugar que você vá, detetive, há meus olhos e ouvidos... Fui claro?
- Epoche.
- Agora seja educado e volte a fazer companhia à médium... Não se preocupe, cuidaremos do seu amigo com carinho.
- Se vocês fizeram alguma coisa contra Allan...
- Detetive... Poupe seu fôlego, se eu quisesse, você e ele já seriam cidadãos da cidade dos mortos.
- Epoche.



Continua...

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